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TAGV celebra Dia Mundial da Dança
O Teatro Académico de Gil Vicente celebra o Dia Mundial da Dança com a coreógrafa Amélia Bentes – “Sem Chão Sem Fim”, na sexta-feira, dia 29 de abril, às 21:30, espetáculo integrado no Abril Dança em Coimbra, evento conjunto do TAGV e Convento São Francisco/Câmara Municipal de Coimbra.
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Amélia Bentes, coreógrafa, e também intérprete no espetáculo “Sem Chão Sem Fim”, faz parte das novas tendências da dança contemporânea e desenvolve um vocabulário próprio, de extrema fisicalidade, emoção e poeticidade nas construções coreográficas.
As suas recentes criações caracterizam-se pela fusão artística, em especial com as artes plásticas, vídeo e pintura. É autora (desde 1997) de mais de duas dezenas de criações de dança e o seu trabalho tem sido apresentado na Holanda, Alemanha, Franca, Inglaterra, Itália, Espanha, Brasil e Portugal.
Como intérprete destaca o trabalho com a Companhia Amsterdam Dance Theatre (Holanda), Dance Alliance (Inglaterra) de Mary Fulkerson, no grupo Hard Knocks, dirigido por Yoshico Shuma, em Nova Iorque. Na Companhia Clara Andermatt (Portugal), foi intérprete e assistente coreográfica em várias produções. É diplomada pelo European Dance Development Center (Holanda). Fez várias formações com Paxton, Stephen Petronio, Nadine Ganase (Companhia Rosas), Wim Vandekeybus, Carolin Carlson, Alan Platel, David Zambrano, entre outros. É docente na Escola Superior de Dança.
Amélia Bentes foi distinguida com o Prémio Melhor Coreografia de 2007 com as coreografias “Ego Skin” e “Cabeças no Ar”. O Guia dos Teatros organizou este ano pela primeira vez os Prémios de Teatro Guia dos Teatros 2007. Após três meses de recolha de votações do público através do blog, onde foram recebidas mais de 2.000 votações, os vencedores foram anunciados, numa cerimónia de entrega de prémios que decorreu no Museu Nacional do Teatro.
Amélia Bentes, neste espetáculo acompanhada por seis bailarinos, fala que a criação surge na sequência do seu trabalho em torno da “corporalidade das emoções, em torno da ideia de ser e de sentir. Surge da necessidade de pensar o espaço que nos move e nos conduz ao outro, nos faz desejar, reagir, apaixonar. É uma criação plena de fisicalidade, humana, de grande emotividade e energia.” Ao som do piano e da harpa ao vivo, as imagens oníricas e a paisagem sonora, acompanham esta energia intensa dos corpos.
“Sem chão Sem fim” surgiu de um convite feito para criar um espetáculo para o Castelo de S. Jorge/Lisboa, com apresentações de Janeiro a Abril de 2015. Devido à grande adesão do público, Amélia Bentes decidiu adaptar a coreografia para palco. O espetáculo foi inspirado em vários textos de Clarice Lispector que falam da “procura do outro, do que nos é comum, dos afetos e da sua intemporalidade”.
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