Tribunais

Vórtex: Falta de condições para transportar arguido detido adia julgamento pela segunda vez

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 semanas atrás em 05-12-2024

O julgamento do processo Vórtex foi hoje adiado, pela segunda vez, devido à dificuldade dos serviços prisionais para transportar o arguido Paulo Malafaia, que se encontra detido à guarda de outro processo, ao Tribunal de Espinho.

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Como o empresário do ramo imobiliário não aceita participar no julgamento através de videoconferência, o coletivo de juízes teve de adiar a sessão, que irá prosseguir na sexta-feira com a continuação das declarações do arquiteto João Rodrigues, coarguido no processo.

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Esta é a segunda vez que o julgamento de corrupção na Câmara de Espinho, que envolve dois ex-presidentes daquela autarquia – Miguel Reis e Pinto Moreira -, não se realiza por este motivo, tendo a primeira vez ocorrido a 17 de outubro.

“Não vamos poder fazer a audiência no dia de hoje. Infelizmente temos tido alguns problemas com o transporte de reclusos”, disse na altura o juiz presidente, afirmando que o estabelecimento prisional se tem queixado de “falta de condições e de meios para assegurar o transporte de reclusos”.

O arquiteto João Rodrigues, que trabalhou nos projetos realizados pela construtora de Francisco Pessegueiro, é o segundo arguido a prestar declarações, desde que começou o julgamento, a 05 de setembro no tribunal de Espinho, no distrito de Aveiro.

O primeiro a falar em tribunal foi o empresário Francisco Pessegueiro, o principal arguido no caso, que confessou ter corrompido Miguel Reis e Pinto Moreira quando eram presidentes daquela autarquia, afirmando estar “profundamente” arrependido do que fez.

O processo Vórtex está relacionado com “projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos”.

A operação culminou em 10 de janeiro de 2023 com a detenção do então presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS), o chefe da Divisão de Urbanismo e Ambiente daquela autarquia, um arquiteto e dois empresários por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.

Em 10 de julho do mesmo ano, o Ministério Público deduziu acusação contra oito arguidos e cinco empresas, incluindo dois ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis e Pinto Moreira, que também viria a ser constituído arguido no âmbito deste processo, após ter sido ouvido no Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto.

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