Região
Terras da Chanfana reforçam parceria com agenda gastronómica única
O trabalho em parceria nas Terras da Chanfana foi hoje enaltecido, em Penela, durante a apresentação da agenda gastronómica de 2025 para os quatros municípios deste território.
Na iniciativa, promovida pela Dueceira numa adega da localidade vitivinícola de Podentes, concelho de Penela, o presidente da associação, Luís Antunes, recordou que a chanfana venceu, em 2018, o concurso 7 Maravilhas de Portugal à Mesa.
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O também presidente da Câmara da Lousã salientou que o “trabalho de articulação em parceria” dos quatro concelhos – Penela, Vila Nova de Poiares, Miranda do Corvo e Penela – tem contribuído para o “reforço da identidade” do território, no distrito de Coimbra.
Com apoio de dezenas de restaurantes aderentes aos vários festivais gastronómicos apresentados, a Agenda Gastronómica das Terras da Chanfana é mais um passo que “evidencia esta boa prática” de trabalho intermunicipal “em benefício do território e dos seus agentes”, disse Luís Antunes, ao valorizar o lema “Terras da Chanfana, uma marca que nos une”.
“Este trabalho em rede permite-nos potenciar aquilo que de bom temos para oferecer”, corroborou o presidente da Câmara Municipal de Penela, Eduardo Nogueira dos Santos.
Para o autarca anfitrião, importa que os quatro municípios que integram há mais de 30 anos a Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça (Dueceira) assegurem em conjunto “uma oferta que se torne mais atrativa” para a marca Terras da Chanfana, tendo em conta que os visitantes “entendem o território numa lógica de proximidade” alheia aos limites geográficos dos concelhos.
“Estávamos a dispersar atenções. Esta ideia tem-nos permitido crescer como um todo e tornado o território mais forte”, afirmou, por sua vez, o presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, João Miguel Henriques.
Na sua opinião, “este é o caminho quando se procura ganhar escala”, somando “sinergias, capacidades e competências”.
A Agenda Gastronómica das Terras da Chanfana “representa a nossa capacidade de nos unirmos para promover o que temos de melhor”, defendeu a vice-presidente da Câmara de Miranda do Corvo, Marilene Rodrigues.
A autarca recordou que a chanfana “tem ocupado um lugar especial” nas atividades culturais e gastronómicas promovidas pelo seu executivo, acrescentando, no caso de Miranda do Corvo, os negalhos e as sopas de casamento, preparados em caçoilas de barro produzidas localmente pelos oleiros do Carapinhal.
“Juntos, vamos certamente continuar a valorizar o que nos une”, sublinhou Marilene Rodrigues.
Em resposta a uma questão colocada pela agência Lusa, relativa à atual escassez na região da carne de cabra usada na confeção da chanfana, João Miguel Henriques reconheceu as dificuldades a este nível.
“Temos de procurar soluções” para ultrapassar “este problema”, referiu.
O autarca preconizou a “definição de políticas públicas” de apoio ao setor e lembrou que o Centro de Competências da Caprinicultura, criado no seu concelho, é um contributo para esse fim, perante “uma atividade que é muito exigente”
Vila Nova de Poiares acolhe, de 10 a 20 de janeiro, a Semana da Chanfana, que é o festival inaugural da Agenda Gastronómica hoje apresentada.
Segue-se, de 24 a 31 de janeiro, em Penela, a Semana Gastronómica do Galo.
Chanfana, cabrito, caça, borrego, cogumelos, queijo, nozes e mel são alguns dos produtos endógenos e iguarias presentes ao longo do ano, excluindo julho e agosto, em dezenas de festivais anunciados no calendário gastronómico das Terras da Chanfana.
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