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Critical Software premiada por integração de pessoas autistas no mercado tecnológico

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 dia atrás em 03-12-2024

O Programa de Neurodiversidade da Critical Software, em que “empresas portuguesas mostram que as carreiras tecnológicas estão ao alcance de profissionais autistas”, foi premiado “pelo seu cariz inovador, impacto e escalabilidade”, foi hoje anunciado.

A distinção foi atribuída pela Zero Project, através do concurso #ZeroCall25, que seleciona projetos de todo mundo que se destacam pelo seu contributo para a inclusão de pessoas com deficiência ao nível da educação, da empregabilidade, da participação política ou da vida independente, revelou a Critical Software, em comunicado enviado à agência Lusa.

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“O Programa da Neurodiversidade, que mantém o grau de exigência de qualquer outro processo de recrutamento da empresa, procura as melhores práticas de recrutamento inclusivo no setor tecnológico, e lança o convite a outras organizações interessadas em aperfeiçoar as suas práticas de diversidade e inclusão”, explicou a empresa.

A iniciativa é o primeiro projeto português desenvolvido em colaboração com a Specialisterne, uma empresa dinamarquesa que se especializa na capacitação de pessoas com perturbações do espetro do autismo no mercado tecnológico.

“A sua criação surgiu com o intuito de promover a seleção, formação e integração de novos talentos na Critical Software, mas rapidamente se expandiu a outras empresas empregadoras”, esclareceu.

Por edição, o Programa tem recebido cerca de 60 candidaturas, que passam por um exigente processo de seleção adaptado, focado em sessões de mentoria, formação e momentos repartidos de avaliação do perfil de cada profissional.

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Segundo a empresa, desde 2021, este Programa recebeu perto de 300 candidaturas, sendo que 50 candidatos autistas participaram na fase formativa de cinco semanas, tendo sido 30 deles efetivamente contratados por uma das empresas parceiras, com taxa de retenção atual superior a 85%.

Atualmente, 15 desses profissionais estão integrados na Critical Software e os restantes 15 nas demais entidades empregadoras que participam desta comunidade de empresas neuro-inclusivas, como a Critical Techworks e a NOS – a mais recente parceira.

“O programa continua aberto a outras empresas tecnológicas que se queiram unir neste propósito de baixar barreiras à inclusão, por um mundo melhor e mais justo para todos”, referiu.

A Zero Project, responsável pela atribuição deste prémio, é uma organização sem fins lucrativos, nascida em Viena, na Áustria, com o intuito de partilhar e celebrar soluções inovadoras pensadas no sentido de diminuir os obstáculos que limitam a inclusão.

A edição deste ano contou com 522 nomeações, de 90 países, e o Programa da Neurodiversidade foi o único projeto português a ser distinguido.

“Este reconhecimento é a prova de que o nosso trabalho, a paixão, a empatia e uma forte colaboração entre as nossas equipas estão a ter um impacto real na valorização da neurodiversidade”, afirmou a coordenadora do Programa de Neurodiversidade na Critical Software, Catarina Fonseca.

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