Educação

Iniciativa Liberal defende modelo híbrido na educação para diminuir número de alunos sem professor

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 semanas atrás em 30-11-2024

Um modelo de educação híbrido foi hoje apontado pelo presidente da Iniciativa Liberal como uma forma de contribuir para a diminuição do número de alunos sem professor, durante o Conselho Nacional do partido, na Batalha.

“É óbvio que se devia estar a fazer todo o possível para que haja menos alunos sem professor, mas devíamos estar a discutir o futuro da educação. Como é que podemos continuar a discutir uma educação que tem o mesmo modelo há 100 anos? Como é que podemos não estar a olhar para tudo o que está a acontecer na educação?”, perguntou Rui Rocha.

O líder da IL questionou ainda por que razão a “educação tem de ser sempre presencial” e por que não “pode ser híbrida, entre conteúdos ‘online’ à distância, assíncronas e as aulas presenciais”.

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Rui Rocha considerou ainda que o papel do professor continua a ser visto “com uma intervenção unidirecional”, quando poderia ser “um tutor da educação dos alunos, alguém que ajuda e que tira dúvidas”.

“A exposição teórica tem de ser sempre feita numa sala de aula de um professor para 20 alunos? Não há extraordinárias exposições teóricas, de extraordinários professores, que podem ser feitas por um professor e que centenas de milhares de alunos podem acompanhar [à distância] com benefício na qualidade da educação?”, desafiou ainda.

Para Rui Rocha, era isso que se deveria estar a discutir em Portugal, ao invés de centrar a discussão no número de alunos sem professor, pelo que a IL entende que “este orçamento, esta visão, é totalmente insuficiente para aquilo que o país precisa”.

O presidente da IL adiantou ainda que é difícil acreditar no Governo quando o anúncio de que o Ministério da Educação e o Governo “tinham conseguido um extraordinário resultado de diminuição do número de alunos sem professor” e “se engana”.

“Como é que se gere? Como é que se tomam decisões? Como é que se pode olhar para o futuro da educação, se o próprio ministro, a sua equipa e a máquina do Ministério da Educação não conseguem saber números tão básicos? Se esta máquina absolutamente centralizada não consegue cruzar meia dúzia de números e ter informação, como é que vai ser possível gerir?”, apontou, ao referir que o ministro foi “enganado pela sua própria máquina”.

Rui Rocha enumerou ainda o anúncio das descidas de impostos, “que já tinha sido concretizada com o orçamento que vinha do anterior governo”, o número de cirurgias, “cujos números não batem certo”, o lucro do Serviço Nacional de Saúde, cujo desvio era diferente. “A AD dizia que, em 2025, todos os portugueses iam ter médico de família. Alguém nesta sala acredita que com estas políticas, em 2025, os portugueses vão ter médico de família?”, rematou.

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