Portugal

Como três crianças portuguesas revolucionaram o país e o mundo

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 3 horas atrás em 29-11-2024

Lúcia, Francisco e Jacinta tinham tudo para levar vida simples, anónima, mas acabaram por entrar para a História, não só da Igreja Católica em Portugal, mas também no mundo. Sempre afirmaram ter visto uma aparição de Nossa Senhora em cima de uma oliveira, na Cova da Iria, perto de Fátima.

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Ficaram conhecidos como “os Três Pastorinhos” ou “os Videntes de Fátima” a quem Nossa Senhora do Rosário apareceu por seis vezes em 1917. Já lá vão mais de 100 anos.

Lúcia, tinha 10 anos na altura, e os seus primos Francisco, com 9, e Jacinta, com 7, irmãos, foram os escolhidos para receberem a Mensagem em que a “Senhora mais brilhante que o Sol” pedia orações, sacrifícios e reparação das ofensas ao seu Imaculado Coração e a Deus.

A Lúcia via, ouvia e falava durante as Aparições, enquanto Jacinta só via e ouvia. Francisco podia apenas ver, pelo que a prima e a irmã lhe relatavam depois tudo o que tinham ouvido.

Lúcia relata que em 1915 teve pela primeira vez visões de uma espécie de nuvem, com forma humana, por três ocasiões diferentes, quando estava com outras amigas. É no ano seguinte, 1916, que as três crianças recebem as manifestações do Anjo de Portugal, como se apresentou.

A partir da primeira Aparição de Nossa Senhora, a 13 de maio, a vida de Lúcia e dos seus primos transformou-se completamente: não só porque acolhem os pedidos da Senhora, recitando diariamente o terço, fazendo sacrifícios, alguns dolorosos, pelos pecadores e comparecendo durante seis meses, ao dia 13, naquele local, mas sobretudo porque passam a ser constantemente interrogados sobre o que viram e acusados de mentirem e de inventarem tudo.

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Escolhida desde o início para ser a grande divulgadora da Mensagem e da devoção ao Imaculado Coração de Maria, Lúcia deixou numerosos escritos, de que se salientam as Memórias, divididas em seis partes, escritas a pedido quer do bispo de Leiria quer, mais tarde, do reitor do Santuário, Mons. Luciano Guerra (as duas últimas).

As seis partes das Memórias, redigidas entre dezembro de 1935 e março de 1992, incluem o relato das Aparições, tanto do Anjo de Portugal como da Senhora do Rosário e evocações de Jacinta, de Francisco, do pai e da mãe.

A 3.ª Memória, datada de 1941, integra as duas primeiras de três partes do conteúdo reservado da Mensagem de Fátima que passou a ser conhecido como o Segredo de Fátima: a visão do Inferno e o pedido de devoção ao Imaculado Coração de Maria e de consagração da Rússia.

A terceira e última parte do Segredo refere-se à luta dos “sistemas ateus contra a Igreja e os cristãos e descreve o sofrimento imane das testemunhas da fé do último século do segundo milénio. É uma Via-Sacra sem fim, guiada pelos Papas do século XX”, conforme anunciou em Fátima, em 13 de maio de 2000, o cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano.

A Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, nome que adotou quando professou os seus votos perpétuos, em 31 de maio de 1949, morreu em 2005 e foi sepultada no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, sendo os seus restos mortais trasladados para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima a 19 de fevereiro de 2006, ficando ao lado de sua prima Jacinta.

Nascidos todos em Aljustrel morrem pouco tempo depois das Aparições, tal como Nossa Senhora lhes tinha anunciado: “a Jacinta e o Francisco levo-os em breve. Mas tu [Lúcia] ficas cá mais algum tempo”.

A 18 de outubro de 1918, pouco mais de um ano depois da última Aparição, Francisco adoece, vítima da epidemia da gripe pneumónica.

Foi sepultado no cemitério de Fátima, de onde os seus restos mortais foram exumados, em 17 de fevereiro de 1952, e trasladados para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em 13 de março de 1952, repousando no braço direito do transepto.

Jacinta Marto era tímida, mas serena. Contudo, teve uma vida ainda mais curta do que a do seu irmão Francisco. Não chega a atingir os 10 anos, ao morrer em Lisboa, vítima da pneumónica, em 1920.

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