Região
Distrito de Coimbra une-se ao Banco Alimentar Contra a Fome para ajudar 11 mil pessoas
Os Bancos Alimentares Contra a Fome promovem este fim-de-semana mais uma campanha de recolha de alimentos a nível nacional.
Sob o mote “Para mais de 380 mil portugueses, o melhor presente é a sua ajuda”, com presença em mais de 2.000 lojas de todo o país, num apelo à solidariedade e ao envolvimento de todos os portugueses para que ajudem quem se encontra em situação de carência alimentar.
Durante todo o fim-de-semana, mais de 40.000 voluntários vão oferecer o seu tempo e esforço na ação de recolha que beneficia 380 mil pessoas através de 2.400 instituições de solidariedade. Os Bancos Alimentares contam ainda com o apoio de várias empresas e entidades, que se associam à causa, disponibilizando equipamentos e serviços tais como transportes, publicidade, comunicação, seguros,
segurança e alimentação.
“Não podemos ficar indiferentes a uma realidade que está em nosso redor, e essa é a razão pela qual voltamos a apelar solidariedade, envolvimento e contributo de cada cidadão contribuindo assim para melhorar o cenário de carência alimentar que continua a assolar muitos cidadãos e famílias em Portugal. É importante não nos esquecermos de que há, infelizmente, pessoas que precisam de ajuda para comer,
principalmente numa altura como o Natal, em que a mesa da consoada faz parte de uma ideia de felicidade que gostamos de ver concretizada. Para muitas famílias o dia a dia é muito difícil e o apoio alimentar que recebem permite minorar carências”, refere Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, acrescentando ainda que “os portugueses conhecem bem os Bancos Alimentares e aderem às Campanhas de forma generosa e entusiástica com voluntariado e alimentos, numa manifestação de solidariedade que se renova anualmente.”
Em 2023 foram recolhidos quase 26 milhões de quilos de comida, número que, embora e levado, não é suficiente para ajudar todos os que precisam. O Banco Alimentar reforça que uma pequena contribuição, como um pacote de leite, massa, arroz, azeite ou um enlatado como o feijão, o atum ou as salsichas, faz toda a diferença para a instituição e para o quase meio milhão de portugueses que esta
ajuda.
Para além da campanha de recolha de alimentos com voluntários, decorre também a campanha Ajuda Vale em supermercados e no site que permite a qualquer pessoa apoiar esta causa a partir de casa ou mesmo estando fora do país.
A mecânica de participação na campanha desta rede social real é simples: durante o fim de semana de 30 de novembro e 1 de dezembro, basta aceitar o convite de um dos mais de 40.000 voluntários e um saco do Banco Alimentar, distribuídos em mais de duas mil lojas, e colocar nele bens alimentares não perecíveis (leite, conservas, azeite, açúcar, farinha, massas, etc.), partilhando-os, assim, com quem mais precisa.
“Os produtos doados serão encaminhados para os armazéns dos 21 Bancos Alimentares em atividade, onde serão pesados, separados e acondicionados. No final, e ainda com recurso ao voluntariado, o resultado é distribuído localmente a pessoas com carências alimentares, por intermédio das Instituições de Solidariedade Social, previamente selecionadas e acompanhadas na sua atividade diária. Este é um modelo de intervenção integrada, que permite uma maior proximidade entre quem dá e quem recebe, no contexto de um trabalho conjunto para a inclusão social. Aqui se constitui uma rede social real, que permite lutar contra a pobreza, gerando autonomias e aliviando sofrimentos e carências”, reforça Isabel Jonet, Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
Em Coimbra, o Banco Alimentar Contra a Fome fará campanha em 88 supermercados envolvendo cerca de 2.000 voluntários, desde Oliveira do Hospital até à Figueira da Foz, cujos resultados serão depois distribuídos por 88 instituições com acordo com o BA Coimbra, que chegarão a mais de 11.000 pessoas.
No ano passado, os 21 Bancos Alimentares em atividade em Portugal distribuíram 24.262 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 39,4 milhões de euros), num movimento médio de 97 toneladas por dia útil. Prestando assistência a 2.400 instituições, os alimentos foram entregues a perto de 380 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas, de acordo com os dados da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a
Fome.
O Banco Alimentar foi criado em Portugal em 1991 com a missão de lutar contra o desperdício e distribuir apoio a quem mais precisa de se alimentar, em parceria com instituições de solidariedade e com base no trabalho voluntário. Existem atualmente 21 Bancos Alimentares (nas zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Madeira, Zona Oeste, Portalegre, Porto, S. Miguel, Santarém, Setúbal, Terceira, Viana do Castelo, Viseu). A Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares congrega a rede e representa os Bancos Alimentares a nível nacional e internacional.
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