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Festival Literário do Interior: África, literatura e muito fogo… mas só nas palavras!

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 horas atrás em 27-11-2024

O Festival Literário Internacional do Interior (FLII) – Palavras de Fogo retorna em junho de 2025, para a sua oitava edição, com a autora Olinda Beja, de São Tomé e Príncipe, como residente literária, foi hoje anunciado.

A iniciativa, que é promovida pela Arte-Via Cooperativa, sediada na Lousã (distrito de Coimbra), em homenagem às vítimas dos incêndios florestais de 2017, será subordinada ao tema “África escrita em português”.

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A decorrer de 14 a 17 de junho de 2025, em oito concelhos da região Centro, a oitava edição do FLII vai celebrar os 50 anos do 25 de Abril e da descolonização, os 500 anos de Luís Vaz de Camões e será um tributo à literatura africana de expressão portuguesa.

Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a fundadora e coordenadora do FLII, Ana Filomena Amaral, afirma que serão ainda abordadas “questões candentes para o devir do mundo, desde logo a emergência ambiental”.

O festival congrega autarquias/instituições dos concelhos de Coimbra, Arganil, Condeixa-a-Nova, Góis, Lousã, Penela, Tábua (distrito de Coimbra) e Pedrógão Grande (Leiria) e vai realizar ações de formação, concursos, palestras, ‘workshops’, leituras, feiras do livro, espetáculos, multimédia, performances, instalações e exposições, para todas as faixas etárias.

Trata-se de um evento intermunicipal, daí o seu caráter inovador, que decorrerá em oito concelhos da região afetados pelos fogos, com o objetivo de levar os livros e os escritores aos sítios mais inusitados e imprevisíveis, como fábricas, campos, praias, igrejas, mercados, romarias, locais onde as pessoas trabalham e convivem.

“O conceito subjacente a este festival é o de uma realização sinérgica, catalisando os recursos dos municípios e outras instituições integrantes do consórcio, rentabilizando e potenciando o melhor que cada um possui, num esforço conjunto de superar as adversidades”, sublinhou.

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Ana Filomena Amaral defende ainda que, “em nome da palavra regeneradora, onde houver pessoas haverá livros”.

“Eles estarão nos sítios mais inesperadas, à mão de quem os quiser ler, os escritores portugueses e estrangeiros irão aos locais mais surpreendentes, os livros e as palavras farão novamente renascer a cor por entre o negrume”, sustentou.

Este festival, sob a égide do lema “A arte e a cultura como reanimadores de uma região e de um povo”, tem como patrono o Presidente da República.

Os parceiros associados são a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), o Plano Nacional de Leitura (PNL), o Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos da Universidade de Coimbra, Universidade de Coimbra, Museu de Conímbriga, Estabelecimento Prisional de Coimbra e a Comissão Nacional para as Comemorações dos 500 anos de Camões.

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