Coimbra

Prémio Literário Vitorino Nemésio apresentado em Coimbra

Notícias de Coimbra | 11 horas atrás em 21-11-2024

O Prémio Literário Vitorino Nemésio, aprovado em setembro pela Assembleia Legislativa Regional dos Açores, foi hoje, dia 21 de novembro, apresentado no Salão Nobre da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, depois de já ter sido divulgado nas ilhas Terceira, Faial e São Miguel.

O Prémio Literário Vitorino Nemésio visa homenagear o legado do prestigiado escritor açoriano e incentivar a produção literária nos Açores e em todo o país, nas comunidades e, também, nos países de língua oficial portuguesa. Vai ter uma periodicidade anual e o valor pecuniário de 2.500 euros para o vencedor, com edição de exemplares da obra, até ao limite de 300.

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As inscrições decorrem de 6 de janeiro a 7 de março de 2025 e o vencedor do prémio será anunciado no Dia dos Açores, este ano comemorado a 9 de junho. Nesta primeira edição, vão ser admitidos os géneros romance e novela, sendo que, em cada ano, a mesa da Assembleia Legislativa vai definir quais os géneros a concurso, que podem ser obras de ficção, nomeadamente romance, novela e conto, obras de poesia e obras não ficcionais.

Vitorino Nemésio nasceu a 19 de dezembro de 1901, na ilha Terceira, e faleceu em 20 de fevereiro de 1978, em Lisboa. Notabilizou-se enquanto escritor, poeta, cronista, ensaísta e professor, sendo também recordado pelas reflexões e estilo único com que conduziu o programa na RTP “Se bem me lembro”. Em Coimbra, ainda ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, mas foi a Faculdade de Letras que o cativou, tendo-se formado em Filologia Românica. Presidiu ao Centro Republicano Académico e fez parte do Orfeão Académico. Foi, também, revisor na Imprensa da Universidade, tendo sido iniciado na Maçonaria, em 1923. “Mau tempo no Canal” é a sua obra mais conhecida.

Como refere o regulamento do prémio, Nemésio “é um dos expoentes máximos da cultura portuguesa e nela elevou sobremaneira a cultura e a história das ilhas dos Açores, enquanto poeta, romancista, cronista, académico e intelectual brilhante. (…) A sua obra espelha a essência da “açorianidade”, palavra que o autor criou e que hoje representa, de forma universal, o conceito de ser açoriano ou relativo à cultura e história dos Açores, sendo também usada para exprimir o sentimento de afinidade ou amor pelos Açores”. “A difusão do seu nome é a melhor homenagem que a Região Autónoma dos Açores lhe pode fazer, constituindo, simultaneamente, um contributo inestimável para a divulgação da sua obra e para a compreensão da importância da açorianidade na cultura portuguesa”, pode, ainda, ler-se no regulamento.

O júri vai ser constituído por cinco elementos, após aprovação pela Mesa da Assembleia Legislativa: o curador do Prémio Vitorino Nemésio, um elemento indicado pela Presidência da Assembleia Legislativa, dois escritores e uma personalidade de reconhecido mérito na área da cultura. À Mesa da Assembleia compete designar um dos membros do júri como Presidente. Constituem critérios de avaliação das obras a concurso a originalidade e criatividade das temáticas desenvolvidas, domínio da língua portuguesa e correção gramatical, coerência literária, vivacidade da trama, enredo e narrativa, estilo de escrita caráter informativo (no caso de obras não ficcionais) e relevância cultural e social.

A apresentação do prémio contou ainda com um momento musical pelo dueto Ana Goulart e Hugo Ferreira, que interpretaram temas açorianos. 

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Antes da apresentação do prémio, José Manuel Silva recebeu Luís Garcia para apresentação de cumprimentos e para explorar possibilidades no estreitar de laços entre Coimbra e Açores. 

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