No distrito de Coimbra, os municípios de Mira e Soure situam-se em extremos opostos no que toca à taxa de esforço necessária para comprar uma casa, de acordo com dados analisados pelo portal idealista.
Mira é o município onde as famílias enfrentam a maior taxa de esforço, correspondendo a 30% dos rendimentos familiares para adquirir uma habitação.
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Por outro lado, em Soure, a taxa de esforço é de apenas 19%, tornando-o o local onde é mais acessível comprar casa no distrito.
A taxa de esforço reflete a proporção do rendimento familiar que precisa ser alocada à compra de habitação e é influenciada por: rendimentos médios por agregado familiar, preço médio das habitações e custo do financiamento, incluindo juros e condições de crédito.
Além disso, as famílias precisam de ter poupanças suficientes para dar entrada no financiamento, o que também afeta a sua capacidade de compra.
Estes dados destacam as diferenças significativas entre municípios do país, refletindo as disparidades económicas e habitacionais a nível local.
A nível nacional, o Algarve concentra seis dos dez municípios onde a taxa de esforço das famílias para a compra de uma habitação é maior, segundo dados analisados pelo idealista.
Os rendimentos médios por agregado familiar, o preço da habitação e o custo do financiamento são os fatores que determinam o esforço que uma família deve realizar para adquirir uma habitação, além de requerer poupanças suficientes.
Lagos, no Algarve, é a cidade onde a taxa de esforço das famílias para adquirir uma casa é mais elevada, atingindo 150% dos rendimentos médios familiares no município. A seguir estão Loulé (137%), Albufeira (128%), Silves (127%), Cascais (114%), Funchal (105%) e Lisboa (101%). Com taxas de esforço abaixo dos 100% encontram-se Faro (99%), Portimão (91%) e Nazaré (88%).
Por outro lado, há municípios onde a taxa de esforço para comprar casa é significativamente mais baixa. Idanha-a-Nova, em Castelo Branco, e Vouzela, em Viseu, lideram a lista, com as famílias destinando apenas 15% dos seus rendimentos para a aquisição de uma habitação.
A seguir encontram-se Moura, no distrito de Beja (19%), Soure, em Coimbra (19%), Guarda (19%) e Baião, no Porto (%), além de Abrantes, em Santarém (22%). Com uma taxa de esforço ligeiramente superior, estão Vila Viçosa, em Évora (24%), Macedo de Cavaleiros, em Bragança (25%), e Monção, em Viana do Castelo (25%).
Esta análise também apresenta os dados do mercado que exige maior e menor esforço em cada distrito/ilha do país. As diferenças neste sentido são muito acentuadas, já que o mercado mais exigente do distrito de Faro (Lagos) é 128 pontos percentuais superior ao mais exigente da Guarda (Seia).
Relativamente aos mercados com menor taxa de esforço, as diferenças são menores. O menos exigente do distrito de Faro (Vila Real de Santo António) requer 86% dos rendimentos familiares, enquanto em Castelo Branco e Viseu, os valores mais baixos, registados em Idanha-a-Nova e Vouzela, respetivamente, correspondem a 15%.
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