Tony Carreira foi o convidado de estreia do novo programa da CMRádio. A conversa ocorreu no domingo, 17 de novembro.
Durante a conversa com Duarte Siopa, o cantor de 60 anos foi questionado sobre como está o seu coração e como vai a relação com Ângela Rocha: “Vais voltar a casar?”.
PUBLICIDADE
“Como é que eu te posso responder a isso? Se vou voltar a casar… Eu não posso, ninguém pode dizer desta água não beberei. Não está nos meus projetos, estou feliz como estou. Mas é uma coisa que eu não posso…”, respondeu.
As pessoas estão sempre em evolução, algo que tem constatado na sua vida. “Há coisas que eu comia no passado que adorava e que hoje gosto menos. Todos estamos a mudar de opinião, só não muda de opinião quem não está aberto às coisas”, revelou.
Além disso, Tony falou com carinho sobre a sua atual companheira, destacando o impacto positivo que tem na sua vida. “Ela representa muito equilíbrio. É muito minha amiga e ajuda-me muito”.
O artista natural da Pampilhosa da Serra, que viu a sua vida mudar após a trágica morte da filha num acidente, falou abertamente sobre o impacto deste acontecimento na sua família.
Confessa que o relógio do tempo poderia abrandar porque não quer chegar a velho. O apresentador questionou o cantor: “Tu tens algum receio que o público te deixe de acompanhar?”
PUBLICIDADE
“Não, não tenho. […] Se eu sentir que amanhã o público não está presente, eu retiro-me já. E agradeço tudo, porque tenho muito para agradecer. Muito mesmo. E retiro-me feliz. Porque eu só continuei a cantar porque senti tudo menos isso. Está presente e gosta também de me ouvir cantar”, começa por explicar .
Mais tarde, ficamos a perceber melhor o seu raciocínio: “Se o meu percurso terminasse amanhã, eu já tive muito mais do que esperava […] Enquanto o público achar que eu faço parte da vida dessas pessoas através das canções, fico muito feliz por continuar e porque é sem dúvida uma coisa que me ajuda muito, a música”.
“Eu adoro fazer música, eu neste momento estou a gravar canções novas […] Depois da partida da minha filha, só gravei um disco, que era totalmente em homenagem a ela. Nunca mais gravei, já não gravo há quatro anos, coisa que nunca aconteceu no meu percurso. E agora estou a voltar a estúdio […] E faz-me bem estar em estúdio. […] Gosto muito de ir para a estrada, gosto de estar nos palcos, nos ensaios, tudo isso eu gosto”, sublinha.
“É o sítio onde eu encontrei muito conforto, muito amor, é sem dúvida o palco, depois da tragédia que vivi. É sem dúvida o sítio onde eu estou bem, estou em casa, estou em paz. É o palco. As cadelas da minha filha também me fazem muito feliz com quem eu vivo, ou elas vivem comigo. A associação da minha filha faz-me feliz”, diz.
“Eu tenho uma dívida para com os portugueses até para lá desta vida. Porque me tratam realmente muito bem, porque me acarinham muito, porque até mesmo no pior drama da minha vida eu tive um povo inteiro a apoiar-me. Os portugueses comigo são maravilhosos eu já disse isso uma vez ou outra por mais que eu seja empático e querido com as pessoas nunca vou retribuir o que as pessoas já me deram”, frisa.
“Ela teria 25 anos agora. E agora estamos num período, para mim, muito difícil. Que é, já passou um dia difícil que é os anos dela, onde eu este ano nem sequer publiquei nada nas redes, porque não estava em condições de o fazer e não queria fazê-lo. Agradeço às pessoas todas que mandaram mensagens de comemorar o aniversário dela. E agora vai chegar um dia muito difícil, que é o 5 de dezembro, e depois vem o Natal, que é um dia difícil. Estou mortinho que chegue o dia 1 de janeiro”, completa.
Related Images:
PUBLICIDADE