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Um português descobriu a ilha mais isolada do mundo… Quer conhecer?

Notícias de Coimbra | 3 dias atrás em 10-11-2024

Ao longo da história de Portugal, muitos foram os portugueses a realizar feitos incomuns. A Era dos Descobrimentos refletiu o espírito corajoso e inovador do nosso povo. Nessa época, os portugueses navegaram por mares desconhecidos, numa valentia lusa que permitiu dar novos mundos ao mundo. 

Através de viagens marítimas, os portugueses asseguraram diversas conquistas, conquistando territórios em diversas partes do planeta. Foi neste contexto que um português descobriu a ilha mais isolada do mundo… Tristão da Cunha.

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Localização e características da ilha

O nome da ilha mais isolada do mundo é Tristão da Cunha. Esta ilha está localizada “no meio” do mar, encontrando-se meio perdida no sul do Oceano Atlântico, mais precisamente entre a América do Sul e África.

Tristão da Cunha é, na verdade, um arquipélago. Portanto, consiste no arquipélago mais isolado do planeta. O arquipélago tem o mesmo nome da ilha que ficou conhecida por ser a mais remota. A sua população é de apenas 238 habitantes. Eles encontram-se dispersos num espaço territorial limitado, numa área de 207 km². 

Na entrada da ilha, podemos encontrar uma placa com a acolhedora frase “Welcome to the remotest island”, que se pode traduzir livremente como “seja bem-vindo à ilha mais remota”. Ora, por via desta frase, podemos concluir que o inglês é a língua oficial. Apesar da ilha ter sido descoberta por um português, ninguém fala a nossa língua neste território.

O arquipélago encontra-se situado em território ultramarino britânico. A ilha Tristão da Cunha, assim como as Gough Island, Nightingale Island e Inaccessible Island, formam o arquipélago Tristão da Cunha. A primeira ilha é a única do arquipélago que é habitada. 

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Edimburgo dos Sete Mares é o nome da capital local. Este espaço alberga toda a população. O facto de se tratar de uma comunidade bastante reduzida faz com que haja somente 10 sobrenomes entre os moradores. 

Ao contrário do que aconteceu com outras nações de colonização anglófona, esta ilha não teve contacto com línguas indígenas. Por isso, por aqui, encontra-se um vocabulário e uma pronúncia singulares. Estas particularidades são reveladoras das condições culturais e sociais peculiares de Tristão da Cunha.

Nesta ilha, não há aeroporto, nem um hotel para ficar, nem restaurantes para apreciar a gastronomia local. A agricultura e a pesca são atividades fundamentais para os moradores da ilha garantirem a sua subsistência. Não há turismo num nível que lhes garanta retorno.

Como chegar lá?

As pessoas com interesse em visitarem um lugar deslumbrante e sossegado, que represente uma fuga às grandes multidões comuns em destinos turísticos populares, podem colocar Tristão da Cunha como uma possibilidade. 

Para se visitar a ilha, é necessário fazer uma reserva e aguardar que seja aceite pelo Administrador e pelo Conselho da Ilha e fazer o pagamento. Após o envio do email a solicitar a visita, a emissão do documento a dar autorização pode levar cerca de 40 dias. 

Apesar da ilha de Santa Helena ser o pedaço de terra mais próximo de Tristão da Cunha (encontrando-se a 2,4 mil km), o ponto em terra firme mais perto deste arquipélago é a costa da África do Sul (que se situa a 2,8 mil km).

Os interessados em visitar esta ilha devem reservar o seu lugar num barco. A única forma de chegar a esta ilha é através deste meio de transporte. O barco sai da Cidade do Cabo (Capital da África do Sul) e demora entre 5 e 6 dias a chegar a Tristão da Cunha. São apenas três as embarcações a fazerem o trajeto. Fazem-no cerca de uma vez por mês.

Pontos de interesse

Apesar da pouca oferta turística que se encontra nesta ilha, não deixa de haver programas interessantes para realizar em Tristão da Cunha. Existem pontos de interesse nesta ilha paradisíaca, havendo muitas paisagens encantadoras para contemplar. 

Uma das melhores experiências que se pode viver em Tristão da Cunha consiste em observar a noite estrelada. Como não há muitas luzes na ilha, o cenário que se vê é bastante diferente do que é contemplado nas grandes cidades europeias. 

Os trilhos apresentam-nos cenários de filme perfeitos para quem ama a Mãe Natureza. Conhecer as diferentes ilhas do arquipélago permite-nos testemunhar a imensa riqueza da fauna marinha local. Como a ilha se encontra cheia de penhascos, conseguem-se obter fotos verdadeiramente surpreendentes. 

Pico Queen’s Mary’s é o nome de um vulcão ativo que está situado no centro da ilha. Ele 

encontra-se a 2000 metros acima do mar, sendo um dos pontos de interesse de Tristão da Cunha. 

A última atividade deste vulcão aconteceu na década de 1960. Nesse tempo, os residentes foram evacuados para Inglaterra para assegurarem a sua sobrevivência.

A descoberta

Foi um português que descobriu a ilha mais isolada do mundo. O nome deve-se ao navegador que está na origem da descoberta. Tristão da Cunha é o nome do navegador português que descobriu este pequeno paraíso. Portanto, o nome da ilha revela-se um reconhecimento da importância desse momento. Esse momento histórico aconteceu em 1506.

Ao longo da história da ilha mais isolada do mundo, vários povos habitaram estas terras, nomeadamente portugueses, holandeses, franceses. Ora, como foi um português a descobrir a ilha, os primeiros moradores fixos deste arquipélago foram portugueses.

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