Política

Luís Montenegro defende que problemas no INEM não se resolvem com demissão de ministra

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 meses atrás em 08-11-2024

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu hoje que os problemas no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) “não se resolvem” demitindo a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, referindo que isso se aplica a “todos os membros do Governo”.

“A consequência política, quando há problemas, é resolvê-los, essa é a consequência política. A consequência política não é, para ser direto a responder à sua pergunta, mudar pessoas para o problema continuar, é o contrário, é resolver o problema para que nós possamos continuar cada vez mais a prestar bom serviço”, salientou Luís Montenegro.

Falando aos jornalistas portugueses em Budapeste, no final de uma reunião informal do Conselho Europeu realizada na capital húngara devido à presidência rotativa do Conselho assumida pela Hungria este semestre, o primeiro-ministro reforçou a ideia: “Os ministros estão no Governo para resolver problemas, não é para se arrastarem e tentarem, no fundo, contornar os problemas para que, eventualmente, mudando os protagonistas, os problemas subsistam”.

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Questionado sobre outras tutelas relativamente às quais existem críticas sobre governantes, nomeadamente a Administração Interna, Montenegro respondeu que estava a referir-se a “todas as áreas”.

“É exatamente por isso que eu nem sequer lhe estou a falar em concreto desse membro do Governo, estou a falar de todos os membros do Governo”, pois “todos somos confrontados diariamente com problemas que são grandes”, concluiu o chefe de Governo.

A ministra da Saúde tem estado nos últimos dias a ser alvo de críticas devido às falhas ou atrasos na resposta do serviço 112 e no encaminhamento para Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), do INEM, que já terão levado à morte de pelo menos seis pessoas.

Hoje, Luís Montenegro disse ainda não ter tido conhecimento, anteriormente à sua publicação, do pré-aviso greve às horas extraordinárias desde 30 de outubro – entretanto suspensa – dos técnicos de emergência pré-hospitalar.

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