Desporto
AAC quer fixar jovens trabalhadores em Portugal
AAC propõe estratégia comum entre três ministérios para a fixação de jovens quadros em Portugal.
Esta segunda-feira, na apresentação do Factbook 2015, foi revelado um relatório do Observatório da Emigração que indica que o número de portugueses licenciados emigrados duplicou na última década. Países com histórico de emigração, como o Reino Unido e a França continuam a ser os principais destinos. A novidade prende-se em países como a Irlanda, a Dinamarca e a Noruega, que, com populações portuguesas emigradas de reduzida dimensão, paradoxalmente, apresentam uma percentagem de emigrantes portugueses licenciados superiores a 30%. Este estudo não demonstra surpresa à AAC, que já tinha proposto uma estratégia de fixação de quadros em Portugal em reunião com o Governo.
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Atualmente, na União Europeia, Portugal é o país com mais emigrantes em proporção da população residente. Segundo o relatório do Observatório da Emigração o número de licenciados a emigrar aumentou de 6,8% para 11,2%. Entre 2010 e 2013, o número de saídas de Portugal cresceu mais de 50%. Entre 2013 e 2014, a emigração estabilizou em torno das 110 mil pessoas por ano. Desde 1973 que já não se verificam valores relativos à emigração desta ordem de grandeza.
José Dias, Presidente da Associação Académica de Coimbra, aponta que o problema é agravado pelos números da “emigração para os países da Europa do Norte que, sem aparente histórico de emigração, regista um aumento do fluxo migratório de licenciados a partir de 2011.” De facto, a percentagem de emigrantes portugueses com o ensino superior era superior a 30% em quatros países: Reino Unido, Dinamarca, Irlanda e Noruega.
A AAC, na reunião com a Secretaria de Estado, no passado dia 24 de março, Dia Nacional do Estudante, propôs ao Governo uma articulação entre o Ministério da Educação, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e o Ministério do Trabalho, de forma a promover a fixação de quadros em Portugal. José Dias, presidente da AAC, aponta que “a população ativa com o ensino superior em Portugal (18,3%) é mais pequena que nos três países que recebem mais emigrantes portugueses, Reino Unido, Suiça e Alemanha, respectivamente 36,7%, 32,9% e 27,5%. Assim, este é um problema estrutural e deve ser discutido de forma a reavaliar o acesso, a manutenção e a saída dos estudantes do Ensino Superior”.
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