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“Muito duro ler o que ele fez à minha filha”

António Alves | 2 horas atrás em 02-11-2024

A família de uma das jovens assassinada pelo ex-Cabo da GNR António Costa, no ano de 2005, mostrou-se preocupada com a sua saída em 2027.

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Condenado a 25 anos de prisão pelos homicídios de três raparigas de 17 e 18 anos em Santa Comba Dão, António Costa já saiu algumas vezes da prisão em Évora.

De acordo com o Correio da Manhã, o “serial killer”, como chegou a ser chamado na altura, tem aproveitado essas precárias para dormir numa instituição religiosa (seminários) e, noutras alturas, numa pensão.

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Desta forma, António Costa cumpre o que foi determinado pelo tribunal, ou seja, está impedido de regressar à sua terra natal Cabecinha de Rei, no concelho de Santa Comba Dão.

A notícia, relativa à previsível data de libertação condicional no início de 2027, apanhou as famílias das vítimas de surpresa.

A mãe de Joana Oliveira – a terceira vítima – referiu que não conseguiu ler o relatório médico que lhe foi enviado. “Muito duro ler o que ele fez”, afirmou, mostrando-se mesmo espantada com o facto de após a morte da filha o ex-cabo da GNR ter ido a pé até Fátima.

“Está a tapar-se com uma capa que não condiz com ele”, disse, frisando que nenhuma das famílias das jovens o vai perdoar da prática destes crimes.

Refira-se que os crimes foram cometidos em 2005 e 2006. Após meses de assédio e abuso sexual, o ex-militar da GNR matou e escondeu os cadáveres de Isabel Isidoro (17 anos), Mariana Lourenço (18 anos) e Joana Oliveira (17 anos).

Isabel Isidoro e Mariana Lourenço foram abusadas sexualmente, tendo sido depois asfixiadas e atiradas ao mar na Figueira da Foz. Joana Oliveira também foi abusada sexualmente e asfixiada, mas o seu corpo foi encontrada na Barragem do Coiço em Penacova.

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