Portugal
“São flores, senhor, são flores” ao mesmo preço, mas o mais barato é o que sai mais
No Porto, as floristas não têm mãos a medir para as encomendas. Os crisântemos e as margaridas, por serem as flores mais baratas, continuam a ter muita procura, mas há também quem não olhe ao preço para ter a campa enfeitada a preceito.
Maria Aurora Mendonça, de 77 anos, estava de saída para ir a Ermesinde enfeitar a campa da família, mas diz que o negócio das flores “já teve melhores dias”. “Cada vez há menos clientes e os que aparecem procuram as coisas mais baratinhas. Mas não é só pelos Fiéis, acontece o mesmo nos funerais: antes fazíamos muitas coroas e agora levam apenas uma flor, com a desculpa que a pessoa vai ser cremada”, conta ao Jornal de Notícias.
Daí que os crisântemos e as margaridas continuem a ser a flores com maior procura, custando entre os 15 e os 20 euros.
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João Dias, 24 anos, têm estado à frente do negócio do pai, confirma que “nesta altura do ano os crisântemos têm muita saída (a 10 euros o molho), e que as margaridas (6 euros)” são as flores mais baratas, mas rejeita que os clientes só procurem “o que está mais em conta”. “Há público para tudo”, refere.
Recorde-se que no ano passado, o Notícias de Coimbra falou com Maria Luísa, florista do concelho de Miranda do Corvo, que conta que “as pessoas cada vez menos abrem os cordões à bolsa para decorar as campas. O que se vende mais são os crisântemos e os arranjos de cinco euros”.
Ao lado desta vendedora estava Cidália Cortez, também com flores e velas e refere que este ano há “mais gente”, sublinhando que “as velas mais procuradas são as de um euro”. O molho de crisântemos custa entre oito e dez euros, são dez pés. Já as rosas ficam a dois euros a unidade”.
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