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“Nunca mais metas os pés no Reconquinho à noite!”
Imagem: Turismo do Centro de Portugal
As nossas aldeias, florestas, mares e montanhas estão recheadas de histórias e lendas, umas mais assustadoras do que outras, algumas encantadora.
As margens do rio Mondego na zona de Reconquinho, em Penacova, no distrito de Coimbra, terão testemunhado um episódio incrível que ainda hoje assombra o imaginário dos locais.
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Esta zona era muito evitada durante a noite, pois dizia-se que era um ponto de encontro de um grupo de bruxas locais, que dançavam junto às águas banhadas pelo luar. Numa dessas noites, decidiram ir mais longe! Terão soltado as amarras a uma velha barca serrana e, recorrendo a “artes de bruxedo”, enfeitiçaram-na, habilitando-a a navegar até à Índia, numa só noite de Lua Cheia.
Entusiasmadas com a viagem, ignoraram o barqueiro, que dormia aninhado na proa da barca e só acordou a meio da viagem aterrorizado com o tamanho das ondas. Permaneceu em silêncio, a fazer-se adormecido e nem quando alcançaram a praia indiana, onde as bruxas “bailaram de uma forma tão fantástica e jamais vista”, se atreveu a acusar a sua presença, observando tudo à socapa.
De regresso ao Reconquinho, simulou o sono até aos primeiros raios de sol. Já sozinho, correu até à vila onde relatou o incrível acontecimento a todos que encontrava pelo caminho.
Como era de esperar, ninguém acreditou nele. Até que foi abordado por uma jovem mulher, com um capuz acastanhado a cobrir os cabelos, que o avisou: “Se dizes os nossos nomes, matamos-te”, segundo conta a Turismo Centro de Portugal.
Nunca o fez e respeitou também a segunda ameaça: “Nunca mais metas os pés no Reconquinho à noite!”.
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