Saúde

Cada segundo conta: Vai ser possível detetar enfartes a tempo

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 meses atrás em 25-10-2024

Uma análise de sangue rápida e exata será o suficiente para acelerar os resultados do diagnóstico de enfarte.

Nos ataques cardíacos, cada segundo conta. Uma nova análise ao sangue, com recurso a um microchip, promete diagnosticá-los em minutos, em vez de horas, e poderá ser adaptada como uma ferramenta para os socorristas e para as pessoas em casa.

“Os enfartes do miocárdio requerem uma intervenção médica imediata para melhorar os resultados dos doentes, mas embora o diagnóstico precoce seja fundamental, também pode ser muito difícil e quase impossível fora de um ambiente clínico”, explica Peng Zheng, um dos autores do estudo sobre o chip.

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“Conseguimos inventar uma nova tecnologia que pode determinar com rapidez e precisão se alguém está a ter um ataque cardíaco”, diz em entrevista à Quo.

Esta tecnologia surge sob a forma de um chip minúsculo com uma superfície nanoestruturada inovadora na qual o sangue é analisado. Vai ser permitido que os biomarcadores de enfarte sejam visíveis em segundos, mesmo em concentrações muito baixas.

A ferramenta é suficientemente sensível para detetar biomarcadores de enfarte que poderiam não ser detetados com os testes atuais, ou só muito tempo depois do enfarte, como explica Barman, bioengenheiro do Departamento de Engenharia Mecânica. “No futuro, esperamos que isto se possa tornar um instrumento portátil”.

As pessoas suspeitas de sofrerem um ataque cardíaco são frequentemente submetidas a uma combinação de testes para confirmar o diagnóstico: eletrocardiogramas para medir a atividade eléctrica do coração, um procedimento que demora cerca de cinco minutos, e análises ao sangue para detetar os sinais característicos de um ataque cardíaco, em que os testes podem demorar pelo menos uma hora e muitas vezes têm de ser repetidos.

A análise de sangue autónoma desenvolvida pela equipa fornece resultados em cinco a sete minutos. É também mais preciso e acessível do que os métodos atuais, dizem os investigadores.

Além disso, embora concebida para diagnosticar ataques cardíacos, a ferramenta poderia ser adaptada para detetar cancro e doenças infecciosas, afirmam os investigadores. “O potencial comercial é enorme”, afirma Barman. “Não há nada que limite esta plataforma tecnológica”.

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