Justiça
Praxes violentas: Jovem relata que comeu ração de cão e apanhou fezes com preservativos
Imagem: Imagens CMTV
Alexander Pereira, agora 27 anos, esteve na base de Monte Real, em Leiria, pouco mais do que um ano. Hoje, relata as monstruosidades das praxes a que era sujeito.
Entrou para a Força Aérea em busca de um sonho de criança. Mas o que viveu foi um verdadeiro pesadelo. “Não podíamos descansar. O que eles nos faziam é desumano. Éramos uma diversão. O recreio da escola. Nunca pensei passar por estas vergonhas”, disse ao Correio da Manhã, um dos dois soldados vítimas dos 10 colegas, que vão ser julgados em novembro.
PUBLICIDADE
“Infelizmente, muitos superiores sabiam e nem se preocupavam em esconder que sabiam. Cheguei a ver um colega no chão à minha frente com convulsões depois de ter andado ao sol a fazer flexões e correr”, indicou ainda.
“Tinha de comer ração do sítio onde comem e bebem os cães. Tive de apanhar dejetos de cão com um preservativo. Ganhei esse jogo, de recolher o maior número de dejetos no menos tempo possível, mas não me orgulho disso. O prémio era uma noite de sono tranquila. Estava tão desesperado que só queria que aquilo acabasse para ir descansar”, frisou o jovem, afirmando mesmo que simulou um furto para ser mandado embora sem ter de pagar a indemnização por desertar.
Há imagens da ração, dos cortes de cabelo, do preservativo usado no jogo e de objetos sexuais que colocavam junto à boca das vítimas.
Related Images:
PUBLICIDADE