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Universidade de Coimbra testa microalgas para remover poluentes de águas residuais

Notícias de Coimbra com Lusa | 5 horas atrás em 02-10-2024

Um projeto liderado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a testar a aplicação de microalgas para remover poluentes de águas residuais, aproveitando essa biomassa para produzir artigos de base biológica.

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Intitulado NABIA (New Approach to Bioremediation using Algae), o projeto é liderado pelos investigadores do Centro de Química da FCTUC Telma Encarnação e Abílio Sobral, anunciou hoje esta instituição de ensino, em nota enviada à agência Lusa.

“Este projeto aborda a necessidade de encontrar uma potencial solução para o problema da poluição da água por poluentes emergentes e propõe a descontaminação de águas residuais com recurso a microalgas, com uma abordagem baseada na geração de biomassa e na sua respetiva valorização económica”, explica Telma Encarnação, citada no comunicado.

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A investigação “focou-se na biorremediação de águas residuais geradas pela transformação de lentes oftálmicas na indústria ótica, usando como casos de estudo empresas parceiras”.

“Uma vez que estes materiais estão na sua maioria protegidos por patentes e segredo industrial, analisámos a sua composição”, acrescenta.

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A equipa de investigadores começou por identificar os químicos ambientais persistentes em fontes de águas residuais e avaliar a eficácia e eficiência da utilização de microalgas na biorremediação de produtos químicos sintéticos.

Segundo a FCTUC, neste momento, os especialistas estão a testar a viabilidade da transformação da biomassa em produtos inovadores, tais como lentes oftálmicas “verdes” e ainda um fotobioreator, otimizando o processo para maximizar o conteúdo de biomateriais das microalgas.

“Com o NABIA, pretende-se não só solucionar problemas emergentes relacionados com poluentes em águas residuais, mas também incentivar o desenvolvimento económico sustentável, promovendo uma economia circular através da valorização de recursos biológicos”, conclui a investigadora.

O projeto conta com o apoio das empresas parceiras Farmi, Mlab, Moldetipo, Opticentro e PTScience.

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