Crimes

A cibercriminalidade dirigida a idosos: Dicas importantes para garantir uma maior segurança aos nossos familiares mais velhos

Notícias de Coimbra | 5 horas atrás em 01-10-2024

Hoje, dia 1 de outubro, celebramos o Dia Mundial do Idoso e a Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), fornecedor líder de plataformas de segurança cibernética alimentadas por IA e entregues na cloud, salienta a necessidade de existirem medidas mais fortes e esforços proativos para proteger esta comunidade mais velha da cibercriminalidade.

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O cibercrime contra idosos está a aumentar, com os criminosos a visarem cada vez mais este grupo demográfico devido a vulnerabilidades e menor entendimento do mundo online. De acordo com o FBI Internet Crime Report 2022, os idosos perderam uns impressionantes 3 mil milhões de dólares devido a cibercrimes, o que representa um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Os tipos mais comuns de ameaças cibernéticas direcionadas a idosos parecem ser phishing eletrónico, golpes de suporte técnico e ataques de engenharia social.

O impacto financeiro deste tipo de cibercrime nos idosos é pesado – de acordo com a Statistica, em 2023, os indivíduos com 60 anos ou mais nos Estados Unidos perderam mais de 1,2 mil milhões de dólares em fraudes de investimento online, um aumento em relação aos 990 milhões de dólares americanos do ano anterior. As fraudes de apoio técnico ficaram em segundo lugar, causando às vítimas cerca de 590 milhões de dólares em perdas. As fraudes românticas ficaram em terceiro lugar, registando quase 356 milhões de dólares de perdas no ano em análise. 

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Um estudo recente realizado em 2023 pela Pro Senectute, uma organização para os idosos, revela que quase 80% das pessoas com mais de 55 anos na Suíça sofreram alguma forma de tentativa de fraude. De forma alarmante, 20% dos cidadãos suíços mais velhos perderam um total de cerca de 675 milhões de francos suíços (cerca de 739 milhões de dólares) nos últimos cinco anos. Isto representa um aumento acentuado, com perdas anuais que aumentaram mais de 60% em comparação com os números do primeiro estudo efetuado há cinco anos.

Em Portugal, dados de setembro deste ano do Portal da Queixa dizem que, desde o início de 2024, já receberam 249 reclamações sobre alegadas burlas praticadas a séniores (pessoas com mais de 65 anos), valor que representa um aumento de 5,5% em comparação com o período homólogo, onde se registaram 236 ocorrências. 2,9% das queixas registadas desde o início deste ano foram registadas como burlas online, com recurso a um site/página clonada.

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A maioria dos idosos não sabe utilizar computadores, uma vez que estes não estavam tão disponíveis como no passado, ao contrário do que acontece atualmente, em que toda a gente vive num mundo digital, desde os bancos às consultas médicas. Como o tema da cibersegurança não era tão predominante como no passado, os idosos estão infelizmente menos conscientes das ciberameaças e, em muitos casos, não dispõem das ferramentas e da experiência necessárias para identificar ataques e tentativas fraudulentas. No mundo atual, em que as informações pessoais são roubadas ou mesmo vendidas na Dark Web, os cibercriminosos podem utilizá-las para explorar este grupo vulnerável de idosos.  

Para ajudar a superar os desafios na prevenção dos riscos cibernéticos enfrentados pelos idosos, exploramos estas ameaças emergentes, os aspetos psicológicos que tornam os idosos mais vulneráveis e oferecemos dicas práticas para se manterem seguros online.

Ameaças cibernéticas emergentes que visam idosos

Os ciberataques à população e às empresas assumem diferentes formas – desde ransomware e ataques de hacktivistas a esquemas mais comuns de engenharia social, como esquemas financeiros ou amorosos.

Quando olhamos para os ciberataques comuns sofridos pelos idosos, o phishing continua a ser um dos ataques mais frequentes. Estas fraudes assumem frequentemente a forma de mensagens de correio eletrónico ou mensagens que parecem ser de fontes legítimas, como os seus bancos ou agências governamentais, induzindo as vítimas a divulgar informações sensíveis. O FBI Internet Crime Report 2022 observou que o phishing foi o crime mais denunciado entre os idosos, com mais de 300.000 queixas apresentadas.

Outro meio comum de ataque aos idosos são os esquemas de apoio técnico. Esta fraude ocorre quando os burlões se fazem passar por agentes de apoio técnico de empresas conhecidas como a Microsoft ou a Apple. Muitas vezes, contactam os idosos através de chamadas telefónicas ou alertas pop-up nos seus computadores, alegando que os seus dispositivos foram infetados com malware. O objetivo é convencer a vítima a pagar por serviços falsos ou a obter acesso remoto ao seu computador para roubar informações ou instalar malware. Em 2022, os golpes de suporte técnico custaram aos idosos americanos mais de $ 588 milhões, um aumento acentuado em relação aos anos anteriores.

Os ataques de engenharia social são outro meio muito comum de enganar os idosos para que se separem dos seus dados ou finanças. Os ataques de engenharia social manipulam as vítimas para que estas quebrem os procedimentos de segurança normais, tirando frequentemente partido de fatores emocionais como o medo, a urgência ou uma falsa sensação de confiança. Por exemplo, os burlões podem fazer-se passar por netos que precisam de dinheiro – como no esquema “Olá pai, Olá mãe” – ou afirmar que são uma instituição de caridade à procura de donativos. Estes ataques são particularmente eficazes contra adultos mais velhos, que podem estar menos familiarizados com as normas de comunicação digital ou ansiosos por ajudar familiares.

Vulnerabilidades psicológicas dos idosos

Os idosos são frequentemente visados pelos cibercriminosos, uma vez que este grupo de pessoas experientes é visto como “alvos fáceis”, com menos conhecimentos ou experiência de ferramentas online, o que os torna mais suscetíveis a burlas.

De alguma forma, também se supõe que os idosos têm geralmente uma natureza mais confiante. Os adultos mais velhos, especialmente os que pertencem a gerações que cresceram sem Internet, tendem a confiar mais em figuras de autoridade e em comunicações de caráter oficial. Esta confiança pode torná-los alvos fáceis de burlas que imitam organizações respeitáveis.

Muitos idosos sofrem de isolamento social, que os burlões exploram fazendo-se passar por vozes amigáveis e compreensivas ao telefone ou online. Esta manipulação emocional pode levar a um rápido cumprimento dos pedidos, especialmente em esquemas de romance ou de investimento fraudulento.

No entanto, a principal razão é a falta de literacia digital, pois apesar de muitos idosos terem adotado a tecnologia, podem não ter conhecimento das mais recentes ameaças cibernéticas ou não compreenderem as medidas básicas de segurança, o que os torna mais vulneráveis a estas burlas sofisticadas. Com os piratas informáticos a tirarem partido da IA para criar mensagens de correio eletrónico mais realistas ou, pior ainda, vishing ou vídeos falsos, a geração mais velha está à mercê destes criminosos sem escrúpulos, que querem capitalizar os seus dados ou finanças.

Prevenir mais ataques a idosos  

Para ajudar os adultos mais velhos a protegerem-se de mais ataques online, a Check Point sugere algumas dicas importantes para garantir uma maior segurança aos nossos familiares mais velhos:

  • Navegação segura: Lembrar sempre os idosos de verificar a autenticidade dos websites antes de introduzir informações pessoais. Procure um símbolo de cadeado na barra de endereço, pois este indica uma ligação segura.
  • Cuidado com o phishing: Os idosos devem ter cuidado com mensagens não solicitadas, emails ou textos que peçam informações pessoais ou prometam prémios. Verifique a legitimidade do remetente antes de responder.
  • Proteja a sua conta: Se os idosos receberem pedidos suspeitos para alterar as suas palavras-passe ou detalhes da conta, não atue imediatamente. Lembre-os de comunicar esses pedidos ao banco ou ao prestador de serviços utilizando as informações de contacto oficiais para verificar a autenticidade desses pedidos. 
  • Descarregar aplicações com segurança: Descarregue apenas aplicações de fontes respeitáveis, como a Google Play Store ou a Apple App Store, para evitar software malicioso.
  • Identificar atividades suspeitas: Esteja atento a mensagens que criem um sentimento de urgência, como pedidos de pagamento imediato ou de verificação de conta. Os burlões utilizam frequentemente a urgência para enganar as vítimas e levá-las a agir sem pensar.
  • Proteja as suas informações financeiras: Nunca partilhe informações sensíveis, como números de cartões de crédito, por telefone, a menos que tenha iniciado a chamada e confie na outra parte. Tenha especial cuidado se for pressionado a fornecer esses dados, independentemente das circunstâncias. 
  • Utilize as caixas multibanco de forma sensata: Escolha caixas automáticas localizadas em áreas bem iluminadas e seguras para minimizar o risco de os dispositivos roubarem informações sobre cartões de crédito.
  • Educação para a sensibilização para a cibersegurança: Vários países têm equipas dedicadas à cibersegurança que se dedicam a educar os adultos mais velhos sobre as ameaças em linha. O Centro Nacional de Cibersegurança (NCSC) do Reino Unido organiza campanhas “Cyber Aware”, a Agência de Cibersegurança e Segurança das Infra-estruturas (CISA) dos EUA oferece workshops específicos e a Agência de Cibersegurança (CSA) de Singapura envolve os idosos através de programas de sensibilização do público para os educar sobre essas ameaças em linha.

O aumento da cibercriminalidade dirigida aos idosos realça uma interseção crítica entre tecnologia, psicologia e responsabilidade social. Os idosos não são apenas vítimas de burlas; são frequentemente partes interessadas negligenciadas na conversa sobre cibersegurança. O impacto emocional, as perdas financeiras e a erosão da confiança causados por estes ataques vão muito além do impacto imediato, afetando as famílias e as comunidades. É crucial dar-lhes os conhecimentos e as ferramentas necessárias para se protegerem online. Ao aumentar a sensibilização e promover a literacia digital, podemos ajudar a nossa geração mais velha a navegar no mundo digital com mais segurança e confiança. Capacitar este grupo demográfico não se trata apenas de prevenir perdas; trata-se de preservar a dignidade e a independência num cenário digital em rápida evolução”, conclui Rui Duro, Country Manager de Portugal da Check Point Software Technologies.

A Check Point Software Technologies Ltd. (www.checkpoint.com) é um fornecedor líder em soluções de cibersegurança para empresas e governos a nível mundial. O portfolio Infinity de soluções da Check Point protege as empresas e organizações públicas de ciberataques de quinta geração com uma taxa de deteção de malware, ransomware e outras ameaças líder na indústria. O Infinity compreende três pilares centrais que proporcionam segurança sem concessões e prevenção de ameaças de geração V em ambientes empresariais: Check Point Harmony, para utilizadores remotos; Check Point CloudGuard, para proteger a cloud automaticamente; e Check Point Quantum, para proteger perímetros de rede e centros de dados, todos controlados pela gestão de segurança unificada mais abrangente e intuitiva da indústria. A Check Point protege mais de 100.000 organizações de todas as dimensões. 

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