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Vila Nova de Oliveirinha: “Andei com o Paulo a vindimar um dia antes da tragédia”

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 4 horas atrás em 20-09-2024

Jorge Sousa, ou Jorge “Carteiro” como é conhecido, lidava com os três operacionais de Vila Nova de Oliveirinha que morreram na terça-feira, 17 de setembro, e recordou estes bombeiros e como esta sexta-feira está a ser um dia difícil para aquela localidade do concelho de Tábua.

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Jorge foi quem cedeu o terreno para ser construído o quartel da corporação.

Recorda que andou a vindimar com Paulo, um dia antes da tragédia. “Andamos aqui os dois na vinha, é impressionante”.

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“Era tudo boa gente. Toda gente está aflita, toda a gente chora” em Vila Nova de Oliveirinha, conta ao Notícias de Coimbra.

“O quartel aqui é quase como uma família”, sublinha.

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Os corpos de Sónia Melo, Paulo Fonseca e Susana Carvalho, os três bombeiros de V.N. de Oliveirinha que morreram num incêndio, em Tábua, estão esta sexta-feira, 20 de setembro, no quartel da corporação enlutada, onde ficarão em câmara ardente, no salão nobre, até às 12:00 de sábado.

O funeral vai ser no sábado, 21 de setembro, pelas 16:00.

Uma missa, que também terá lugar no quartel, será celebrada pelo Bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, estando ainda prevista a presença do cardeal Américo Aguiar, capelão nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Os três bombeiros serão depois sepultados no Cemitério de Vila Nova de Oliveirinha.

Na quarta-feira, o presidente da Câmara Municipal de Tábua, Ricardo Cruz, informou que vai propor a atribuição da medalha de mérito e altruísmo aos três bombeiros da corporação de Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha.

A Câmara Municipal de Tábua também decretou três dias de luto municipal, que se cumprem até hoje.

Recorde-se que, sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e sexta-feira dia de luto nacional.

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