Portugal

Fogo em Penalva do Castelo em resolução. Castro Daire com “muito trabalho pela frente”

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 meses atrás em 20-09-2024

Imagem: Elsa Cruz / Facebook

 O incêndio em Penalva do Castelo, distrito de Viseu, entrou esta madrugada em fase de resolução, mas em Castro Daire há “muito trabalho pela frente”, apesar de alguma chuva, disse a Proteção Civil.

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O comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Viseu Dão Lafões, Miguel Ângelo David, vincou que “há muito trabalho pela frente” no incêndio de Castro Daire e que “não é por caírem umas pinguinhas que poderemos considerar as coisas resolvidas”.

“Não choveu em todo o lado. […] Caíram umas pingas nalguns sítios, nalguns sítios também tenho reporte que choveu muito, mas as equipas continuam a fazer os trabalhos”, disse Miguel Ângelo David à agência Lusa pelas 00:50.

O comandante revelou que o incêndio que lavra desde segunda-feira em Penalva do Castelo, e que mobilizava, pela 01:15, 191 operacionais e 47 meios terrestres, estava em fase de resolução.

Sobre Castro Daire, Miguel Ângelo David disse que houve “um reforço de dispositivo”, e que as equipas continuam “a operar com maquinaria, com os grupos de combate e com linhas de progressão no terreno, que é muito escarpado”.

“Mas estamos a ter uma boa evolução. A temperatura baixou significativamente, estas pinguinhas também são alguma humidade, vamos ver, mas ainda há muito trabalho pela frente. Vamos ter muito trabalho nos próximos dias”, vincou o comandante.

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Questionado sobre se da parte da manhã, face à evolução meteorológica, se prevê uma cenário mais favorável, Miguel Ângelo David referiu que poderá ser feita “uma avaliação”.

“As pessoas estão a fazer descidas de zonas muito escarpadas, que são trabalhos muito minuciosos, com progressão lenta”, explicou o comandante.

Sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, de acordo com o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e sexta-feira dia de luto nacional.

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