Portugal
“Tenho de ir salvar a minha mulher”: António perde tudo, menos a sua alma gémea
Imagem: Imagens CMTV
“Tenho de ir já a correr salvar a minha mulher”- foi o pensamento que ocorreu a António Azevedo, de 66 anos, quando viu a casa em que vivia com a mulher, em Albergaria-a-Velha, ser consumida pelas chamas.
António relata ao Correio da Manhã os momentos de sufoco vividos quando o fogo começou a ameaçar a zona em que vive. Eram cerca das 6:10 quando o filho ligou a alertá-lo que o fogo era “grande” e que “o vento estava forte”: “Mal caíam as fagulhas, o vento soprava e a chama corria”.
Perante o cenário que se antevia complicado, a mulher de António pediu-lhe que “levasse o carro para a [Estrada] Nacional”. Quando António voltou para casa, a correr, tentou apagar com o pé umas chamas junto a umas bombas de combustível, mas ao levantar a cabeça viu a sua casa a arder. “Tenho de ir já a correr salvar a minha mulher”.
Telefonou à mulher, que se tinha refugiado debaixo de uma mesa coberta com mantas molhadas. Rastejou depois envolta nas mantas e conseguiu fugir da habitação. Acabou por ser internada em Águeda.
“Inalou muito fumo e psicologicamente está muito abatida”, conta António.
A casa ficou totalmente destruída. O sexagenário apenas ficou com a roupa que tinha no corpo. “Não deu tempo para apanhar nada. Foi tudo muito rápido”, lamenta.
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