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Sérgio Godinho em Coimbra para concerto que evoca Abril
As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril em Coimbra terminam a 22 de setembro, com um grande concerto que junta três filarmónicas do concelho e vários artistas convidados, entre eles, Sérgio Godinho, Manuela Azevedo e JP Simões.
O concerto, intitulado “Abril por Cantar”, irá juntar dezenas de músicos de três filarmónicas de Coimbra no palco da Praça da Canção, contando com a participação de Sérgio Godinho, Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves (dos Clã), Beatriz Vilar, JP Simões e Selma Uamusse, num espetáculo com direção artística e musical do pianista conimbricense Luís Figueiredo e condução do maestro Pedro Carneiro, anunciou hoje a Câmara de Coimbra.
O espetáculo, que será de entrada livre, está inserido nas comemorações do concelho dos 50 anos do 25 de Abril, que tem como título “Abril por Dizer”.
O concerto vai contar com um repertório associado ao 25 de Abril “e à banda sonora daquele tempo”, com músicas criadas, sobretudo, nos anos 70, mas irá também a outros tempos, com canções mais recentes, que também incorporam “esse lado mais combativo e com uma certa irreverência”, indo de Zeca Afonso e José Mário Branco à Garota Não, afirmou à agência Lusa o diretor artístico do espetáculo, Luís Figueiredo.
Com a exceção de Beatriz Vilar, que é apenas intérprete, todos os outros músicos convidados irão interpretar músicas suas, mas também de outros artistas, aclarou.
A acompanhar os artistas convidados, estarão as bandas filarmónicas União Taveirense, Adriano Soares e da Associação Recreativa e Musical de Ceira, transformadas numa espécie de “super filarmónica”, referiu.
“No tamanho máximo, serão 140 ou 150 pessoas, mas não deveremos ter o efetivo completo das três bandas. Mas, seguramente, estarão mais de 60 pessoas em palco”, salientou Luís Figueiredo.
Para o pianista, um dos grandes desafios na escrita dos arranjos do espetáculo foi pensar na diversidade do corpo de músicos que estará a tocar.
“Não são apenas três bandas diferentes, com hábitos e regências diferentes, mas dentro de cada banda há alunos, professores, crianças, pessoas mais velhas, amadores, semi-profissionais e alguns profissionais pelo meio”, notou.
Se essa diversidade é um constrangimento para quem escreve os arranjos, é também a força do espetáculo e a fonte do seu “simbolismo”.
“Formamos uma super filarmónica, com organismos diferentes, para cantar este tipo de repertório, com a negociação que isso envolve e em que toda a gente tem de estar incluída. Há esta ideia de que toda a gente se pode unir para cantar estas canções. Esse simbolismo existe e é muito forte e é deliberado por quem desenhou este concerto”, vincou Luís Figueiredo.
Além do concerto, que irá realizar-se a 22 de setembro, pelas 17:00, a programação inclui ainda a estreia do documentário “Ó Manel! Há uma revolução em Lisboa”, de Tiago Cravidão, a 20 de setembro, e do espetáculo de dança e música “E se fizéssemos tudo outra vez”, de Madalena Victorino, a 20 e 21.
O documentário de Tiago Cravidão regista “as memórias individuais da revolução portuguesa” e as rotinas que foram interrompidas naquela quinta-feira de 1974.
Já o espetáculo dirigido por Madalena Victorino, envolve a população de Coimbra e vários músicos e artistas, com dois momentos, um primeiro com um “Comício Revolucionário sui generis” e outro, intitulado de “Jantar Revolucionário”, a decorrer na Baixa da cidade.
A Comissão Municipal para as Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril foi criada pela Câmara de Coimbra, envolvendo diferentes agentes da cidade.
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