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As imagens que revelam novas descobertas no Titanic

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 semanas atrás em 02-09-2024

Imagem: DR

Está a decorrer uma nova expedição aos destroços do Titanic. A descoberta está a revelae os efeitos da sua lenta deterioração, com uma grande parte da grade agora no fundo do mar e a proa do navio a surgir na escuridão das profundezas do oceano Atlântico.

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A perda do corrimão, imortalizada por Jack e Rose na famosa cena do filme, foi descoberta durante uma série de mergulhos por robôs subaquáticos este verão.

“A proa do Titanic é simplesmente icónica e é nisso que pensamos quando nos lembramos do naufrágio. Hoje em dia, não tem mais a ver com isso”, disse Tomasina Ray, diretora de coleções da RMS Titanic Inc, a empresa que realizou a expedição citada pela BBC.

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“É apenas mais um lembrete da deterioração que está a acontecer todos os dias. As pessoas perguntam várias vezes: ‘Por quanto tempo o Titanic vai ficar lá?’ Nós não sabemos, mas estamos a assistir em tempo real”.

A equipa acredita que o pedaço de grade, que tem cerca de 4,5 metros, caiu em algum momento nos últimos dois anos. “Em algum momento o metal cedeu e caiu”, disse Tomasina Ray.

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De acordo com a BBC, expedições anteriores descobriram que partes do Titanic estão a desabar. Mergulhos liderados pelo explorador Victor Vescovo, em 2019, mostraram que os aposentos dos oficiais está a cair.

A expedição do RMS Titanic Inc deste verão ocorreu em julho e agosto. Dois veículos operados remotamente (ROVs) capturaram mais de dois milhões de imagens e 24 horas de filmagens em alta definição do naufrágio, que se partiu ao afundar, com a proa e a popa a cerca de 800 metros de distância, e do campo de destroços ao redor.

A equipa também anunciou a descoberta de um artefato que esperavam encontrar, mesmo contra todas as probabilidades. Em 1986, uma estátua de bronze chamada Diana de Versalhes foi vista e fotografada por Robert Ballard, que havia encontrado os destroços do Titanic.

“Foi como encontrar uma agulha num palheiro, e redescobri-la neste ano foi importante”, disse James Penca, investigador do Titanic e apresentador do podcast Witness Titanic.

“O lounge de primeira classe era o mais lindo e incrivelmente detalhado quarto do navio. E a peça central daquele quarto era a Diana de Versalhes. Mas infelizmente, quando o Titanic se partiu em dois durante o naufrágio, o salão foi rasgado. E no caos e na destruição, Diana foi arrancada do seu manto e caiu na escuridão do campo de destroços”, afirmou.

A empresa planeia voltar no próximo ano para recuperar mais elementos e a estátua de Diana é um dos que a equipa gostaria de trazer de volta à superfície. No entanto, há quem acredite que o naufrágio é um túmulo que deveria ser deixado intocado.

“Trazer Diana de volta para que as pessoas possam vê-la com seus próprios olhos — o valor disso, despertar o amor pela história, pelo mergulho, pela conservação, pelos naufrágios, pela escultura — eu nunca poderia deixar isso no fundo do oceano”, concluiu.

Recorde-se que o navio afundou em abril de 1912 após colidir com um iceberg, resultando na morte de 1500 pessoas.

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