Economia

“Roubalheira”: Começou por custar 0,80 cêntimos e agora chega aos 2 euros. Será mesmo assim?

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 mês atrás em 21-08-2024

Na praia são os poucos que não abdicam de uma bola de berlim, até porque a prórpia evolui. Começou com “creme ou sem creme”. Agora, há quase de todos os sabores. Mas, para além desta inovação, o preço também sofreu alterações.

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Nas redes sociais corre os dados de que o preço aumentou e muito. Será que, em seis anos, aumentou de 80 cêntimos para dois euros?

“A roubalheira da bola de Berlim”, é assim que um utilizador escreve, no Facebook, no início do mês de agosto. A imagem é lustrada pela evolução dos preços nos últimos anos: de 0,80 cêntimos em 2018 para dois euros em 2024. Ou seja, mais do dobro.

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Estes números suscitaram dúvidas. Para tal, o Polígrafo da SIC vai fazer uma avaliação.

Não há registo de dados estatísticos organizados sobre a evolução do preço de venda das bolas de Berlim, mais especificamente nas praias.

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Em 2018, por exemplo, o “Eco” apurou que o preço da bola de Berlim nas praias variava entre um e dois euros – ou seja, mesmo na margem mais baixa do intervalo não chegava aos 0,80 cêntimos referidos na publicação sob análise, apesar de não estar muito distante.

Mais recentemente, em 2022, a TVI24 (atual CNN Portugal) destacou que a “inflação também já se sente nas praias”, na medida em que o “custo de uma bola de Berlim aumentou para 1,70 euros“. Para o afirmar, a estação baseou-se numa série de entrevistas em praias algarvias. Ou seja, também neste caso o indicador é necessariamente limitado por não traduzir necessariamente a realidade existente no terreno, pode ler-se na notícia.

Entretanto, já em 2024, várias notícias apontam para a prática de um preço exorbitante: dois euros. Continuam, porém, a subsistir variações entre diferentes praias e vendedores. O “Expresso”, por exemplo, indica que tanto pode custar entre “1,50 euros sem creme e 1,80 euros com creme” na Quarteira, como 2 euros (sem ou com creme) na Quinta do Lago.

Em suma, o preço referente a 2018 não tem fundamento e, mesmo em relação a 2024, não se cobram dois euros em todas as praias.

Portanto é considerado “falso” ao extrapolar para um aumento superior a 100% desde 2018.

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