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Vandalizam mansão de Messi em Ibiza. “Ajudem o planeta, comam os ricos, abolir a polícia”.
Ativistas ambientais pintaram hoje, com tinta preta e vermelha, a fachada de uma luxuosa vivenda da estrela de futebol Lionel Messi, na ilha espanhola de Ibiza, Espanha, ação que visa “responsabilizar os ricos” pela crise climática.
Num vídeo divulgado pelo movimento Futuro Vegetal, dois ativistas surgem a vandalizar a fachada branca da casa, na costa oeste de Ibiza, e a segurar uma faixa com as palavras “Ajudem o planeta, comam os ricos, abolir a polícia”.
Este movimento, cujos ativistas colaram as mãos a um quadro de Goya no museu do Prado, em Madrid, em novembro de 2022, referiram, em comunicado, que pretenderam chamar a atenção para “a responsabilidade dos ricos na crise climática”, visando a “vivenda ilegal” do astro argentino.
O Presidente argentino, o ultraliberal Javier Milei, manifestou na rede social X “solidariedade à família de Messi por este acontecimento cobarde e delirante”, instando o Governo do socialista Pedro Sanchez a “garantir a segurança dos cidadãos argentinos”.
O Futuro Vegetal cita um relatório da Oxfam, de 2023, que assegura que 1% dos mais ricos do planeta emite tantos gases com efeito de estufa como os dois terços mais pobres da população.
Lionel Messi, que joga atualmente em Miami, nos Estados Unidos, comprou esta mansão, que inclui nomeadamente um spa com sauna e sala de cinema, por cerca de 11 milhões de euros em 2022, segundo a imprensa espanhola.
Mas ainda não conseguiu obter o certificado de habitabilidade, um documento emitido pelas autoridades locais que garante que a residência pode ser ocupada, porque foram construídos vários quartos na propriedade sem licença, ainda de acordo com a imprensa.
O Futuro Vegetal, ligado a outros grupos de outros países com modos de ação semelhantes, já realizou dezenas de ações em Espanha.
Pulverizaram óleo falso na proteção de vidro de uma réplica de uma múmia no Museu Egípcio de Barcelona, interromperam brevemente um jogo de ténis da Taça Davis em Málaga, e pintaram com spray, em Ibiza, um iate que alegadamente pertencia à herdeira do gigante retalhista norte-americano Walmart.
Em maio, dois ativistas do Futuro Vegetal foram condenados a seis meses de prisão em França por terem danificado um posto de abastecimento de combustível em setembro de 2023, a cerca de trinta quilómetros da fronteira espanhola.
Em janeiro, as autoridades espanholas anunciaram a detenção de 22 membros do grupo, incluindo os dois ativistas do Prado e os três líderes do movimento.
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