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Coimbra já coze peças cerâmicas num forno a hidrogénio
No dia 31 de julho, a equipa do Laboratório Hipocarbónico do CTCV, assinalou os primeiros testes de cozedura de produtos cerâmicos, com misturas de Hidrogénio e gás natural.
Trata-se de um estudo pioneiro para a indústria cerâmica nacional, impulsionado pela necessidade de acompanhar e propor soluções que visem a transição energética e a neutralidade carbónica desta
indústria.
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Os primeiros resultados mostram-se promissores e a adoção desta fonte energética está a corresponder às espectativas. Serão realizados futuramente mais ensaios com misturas variáveis de fontes de energia.
Com o enorme desafio da descarbonização que se coloca às indústrias intensivas em energia, a introdução de gases renováveis, como o hidrogénio verde, é uma abordagem disruptiva à atual matriz
energética destas indústrias.
Estes ensaios irão permitir testar, à escala laboratorial a utilização de energias renováveis para que a indústria no futuro possa minimizar os riscos aquando da realização de investimentos tecnológicos com vista à descarbonização.
Este é um passo importante para o objetivo de tornar esta indústria mais sustentável, explorando alternativas energéticas que reduzam as emissões de carbono e contribuam para a descarbonização do setor. Os resultados destes ensaios serão avaliados de forma comparativa com os obtidos usando apenas gás natural e eletricidade.
Os ensaios decorrem num forno hibrido (gás e eletricidade), desenvolvido e instalado no Laboratório Hipocarbónico do CTCV, com o apoio do parceiro Induzir – Efficiency in Firing [1], tendo o parceiro
PRF – Gas Solutions [2] desenvolvido e instalado o sistema de mistura de gases.
Estão em análise várias dimensões do processo de cozedura, tais como as características técnicas dos produtos, nomeadamente a qualidade, durabilidade e aparência dos produtos finais; a eficiência energética, como medição e avaliação comparativa do consumo de energia durante o processo de cozedura; e as emissões de gases associadas, como análise das emissões de carbono e outros poluentes,
resultantes do processo de combustão (gás natural e misturas de Hidrogénio e gás natural).
Estes desenvolvimentos são realizados no âmbito da Agenda Ecoceramica e Cristalaria de Portugal, cofinanciada pelo PRR.
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