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Portuguesas foram cumprir desejo no Tomorrowland. Uma experiência que se revelou “espetacular”
Para as portuguesas Tânia, de 32 anos, e Manuela, de 52, ir ao Tomorrowland era um desejo a cumprir que concretizaram na 20.ª edição do festival de música eletrónica na Bélgica, uma experiência que se revelou “espetacular”.
A pitoresca vila de Boom, que acolhe o Tomorrowland, está a pouco mais de meia hora de carro de Bruxelas, capital da Bélgica, e num mar de pessoas, encontrar portugueses não é tarefa árdua.
Basta olhar para as bandeiras a esvoaçar, presas a mochilas ou utilizadas como capas.
É com uma bandeira na mão que a Lusa encontra Manuela. Amadeu, o marido, está vestido a rigor com as cores nacionais, como se aguardasse a final de um campeonato europeu de futebol. Mas a espera é outra, pelo DJ Kevin de Vries, no palco principal.
Manuela veio com o marido e o filho, Pedro, de Braga, mas não veio acompanhar o filho. A viagem foi pensada para ela.
“Não conhecia isto, mas quando estou em casa gosto de estar a passar a ferro e a ouvir música eletrónica. Isto foi uma surpresa do meu filho”, contou à Lusa.
“Alors on dance”, de Stromae, é a música predileta para a lida da casa, mas infelizmente, o músico belga não faz parte do alinhamento.
No entanto, “isto é espetacular”, admitiu.
Tânia, de 32 anos, viajou “ pela experiência”, de Valongo a Boom, com o namorado, João, que tem a mesma idade e que classificou o festival de como “a experiência de uma vida”.
Estão com Matilde, de 27 anos, natural de Lisboa, que conheceram no voo para Bruxelas. O momento é de descanso, entre ‘sets’ de DJ, já que é a primeira vez e a inexperiência pesa no corpo.
“Estava na minha ‘bucket list’ [lista de coisas a cumprir]. O que gosto mais no festival é do ambiente e da produção. Não há conflitos”, disse a festivaleira.
João completou: “Está tudo na boa, o pessoal está sempre a brincar.”
Mas chegar foi mais fácil do que ter a garantia de que viriam. Tânia explicou o processo árduo para conseguir bilhetes, que ano após ano ‘voam’.
“Estávamos a tentar vir desde o ano passado, eu estive cinco horas na fila [digital], com quatro ecrãs ao mesmo tempo, para conseguir os bilhetes”, sustentou.
Na colina que dá para o palco principal está Catarina, de 27 anos, lisboeta de gema, mas a viver em Bruxelas. A ‘um passo’ de Boom, este ano quis conhecer o Tomorrowland.
“Isto é fantástico e é gigante, não tinha ideia do tamanho do palco”, disse, visivelmente animada e dançando enquanto conversava com a Lusa.
Ver portugueses, completou, “é fácil”, é só seguir as bandeiras de Portugal.
A 20.ª edição do Tomorroland encerrou hoje, depois de receber milhares de festivaleiros adeptos da música eletrónica.
Ao todo, nestes dois fins de semana, um total de 800 artistas atua nos 16 palcos ali montados – num complexo que é do tamanho de 63 campos de futebol e requereu 52 dias de montagem -, entre os quais os conhecidos DJ Alesso, Armin van Buuren, David Guetta, Dimitri Vegas & Like Mike, Hardwell, Sebastian Ingrosso, Swedish House Mafia e Tiësto.
Depois de, no fim de semana passado, o DJ português Diego Miranda ter atuado em parceria com o produtor britânico Azteck, este sábado realizou-se a atuação do também português DJ Kura.
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