A Câmara de Coimbra afirmou hoje que já arrancou o estudo técnico e financeiro para avaliar uma solução intermunicipal de gestão de águas e saneamento, em conjunto com os concelhos de Condeixa-a-Nova, Miranda do Corvo e Mealhada.
O estudo, no valor de 100 mil euros, foi adjudicado a um consórcio de duas empresas (Reportmaxi e Liber129) a 29 de maio e começou a ser feito no início de junho, tendo um prazo de execução de seis meses, afirmou à agência Lusa fonte oficial da Águas de Coimbra, empresa municipal responsável pelo lançamento do concurso.
O consórcio já iniciou “o estudo técnico, económico e financeiro que vai avaliar qual a melhor solução para que as câmaras municipais de Coimbra, Condeixa-a-Nova, Mealhada e Miranda do Corvo possam explorar e gerir, em conjunto, os sistemas municipais de abastecimento de água, de saneamento, de resíduos sólidos domésticos e de águas pluviais”, referiu a Câmara de Coimbra, em nota de imprensa divulgada hoje.
Os presidentes das quatro autarquias reuniram-se hoje nos Paços do Concelho de Coimbra, para um ponto de situação sobre o processo, cuja intenção foi tornada pública em outubro de 2023.
Os quatro municípios que pertencem à Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra iniciaram “conversações sobre esta temática por entenderem que os novos desafios à gestão dos sistemas municipais obrigam a ponderar as soluções de gestão vigentes, através da implementação de sistemas que possam conduzir a uma maior eficiência, desde logo, pelo aumento da escala”, aclarou a autarquia.
O estudo, que deverá estar concluído até ao final do ano, assume-se como um processo algo complexo, envolvendo “o levantamento de uma grande quantidade de informação junto dos municípios envolvidos, para que todos os modelos de gestão integrada sejam devidamente ponderados”, salientou.
As autarquias irão disponibilizar “todas as informações necessárias à elaboração do estudo, para compilação e posterior envio à entidade adjudicatária”, entre as quais, o cadastro de infraestruturas municipais, planos de investimento para os próximos dez anos, número de trabalhadores e massa salarial, consumos energéticos associados às redes em estudo, lista de equipamentos, tarifário em vigor, resultados operacionais e o volume de negócios adstritos a cada área, indicou a Câmara de Coimbra.
Os custos do estudo técnico são suportados “através de uma quota de 5% igual para os quatro, sendo os restantes 80% dos custos divididos de acordo com a proporção do número de habitantes de cada um nos Censos 2021, ou seja, 74,7% para Coimbra, 8,8% para Condeixa, 10,2% para a Mealhada e 6,3% para Miranda do Corvo”.
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