Desporto
AAC alerta para desigualdades entre estudantes
A oportunidade de estudar na Europa está hoje vedada a uma parte dos estudantes do Ensino Superior, aponta a Associação Académica de Coimbra referindo-se à diminuição, pela primeira vez desde sempre, do número de estudantes portugueses a participar no programa Erasmus, como consta de um relatório publicado ontem pela Comissão Europeia. A AAC adverte ainda para a urgência de impedir um possível ciclo negativo apresentado no estudo.
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A Comissão Europeia publicou ontem, dia 26 de janeiro, um estudo que mostra que o número de estudantes portugueses a realizar Erasmus diminuiu.
Na média europeia, a adesão dos estudantes a este programa de mobilidade tem aumentado, tal como sucedia em Portugal, até ao ano letivo 2013/2014. O estudo demonstra que entre 33 Países, 10 tiveram uma diminuição nesse ano de 2014.
A Associação Académica de Coimbra está a trabalhar para encontrar as causas mais profundas deste decréscimo, ligando diretamente à necessidade de uma reforma mais vasta do Processo de Bolonha, cuja uma das ramificações é precisamente a aprendizagem em Países europeus numa parte do curso.
O Presidente da AAC, José Dias, refere que um fator determinante poderá ser a crise social pela qual Portugal atravessou nos últimos anos.
Um estudante recebe apenas uma pequena parte da despesa total com o Erasmus, não se adequando à realidade económica do país recetor.
“O relatório evidência uma nova dimensão de desigualdade no Ensino Superior. Se ao longo dos últimos anos abordámos as dificuldades no acesso e na manutenção dos estudantes no ES, comprova-se agora também a existência de desigualdades nas oportunidades de aprendizagem , como a participação no programa Erasmus.”.“Desta forma, urge analisar, discutir e rever o Processo de Bolonha em todas as suas dimensões. Algo que ainda não foi concretizado após mais de 10 anos de aplicação”, salienta José Dias.
A AAC vai encetar contacto e desenvolver esforços conjuntos com todas as entidades locais, nacionais e europeias relevante, desenvolvendo diversos contactos, junto da Universidade de Coimbra, a Agência Nacional do Programa Erasmus+, as Associações e Federações Académicas e de Estudantes, a Comissão Europeia e com o próprio Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, de forma a conseguir despertar o diálogo em torno desta matéria.
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