O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, defendeu hoje que a Casa da Cidadania da Língua está a ter programação como nunca teve e rejeitou as críticas da oposição, que lamentou a ausência de projeto daquele espaço.
“A Casa da Cidadania da Língua está a recuperar programação como nunca teve. Já apareceu mais vezes na comunicação social nacional televisiva do que durante os oito anos do Partido Socialista, o que quer dizer que tem programação de interesse”, afirmou.
Na reunião de executivo da Câmara Municipal de Coimbra, o vereador do Partido Socialista José Dias considerou que “falta projeto para a Casa da Cidadania”.
“É evidente que falta quem o lidere, é evidente que falta a consonância entre o que é dito e o que é, efetivamente, feito”, acrescentou.
Há menos de um ano, a antiga Casa da Escrita, localizada na Alta da cidade de Coimbra, foi rebatizada com a designação de Casa da Cidadania da Língua, no âmbito de um protocolo com a Associação Portugal Brasil 200 Anos, cujo presidente José Manuel Diogo trata o “prefeito” local por tu.
De acordo com o líder da Câmara de Coimbra, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra, “a Casa da Escrita estava moribunda”.
“Estava praticamente sem atividade e com o programador a ganhar 1.500 euros por mês, contratado sem concurso, pelo Partido Socialista. Querem falsificar e construir narrativas que não correspondem à verdade”, alegou.
Nesta ocasião, o autarca evidenciou que “vale a pena uma visita à Casa da Cidadania da Língua”, que “está a ter uma programação intensiva na comemoração de Camões, honrando os 500 anos de Camões, honrando a cidadania da língua”.
José Manuel Silva esclareceu ainda que a Associação Portugal Brasil 200 Anos não recebeu o edificado, “ao contrário de outros equipamentos municipais que foram entregues diretamente a associações”.
“O edificado não é da associação: a associação faz programação, não tem de estar a residir na Casa da Cidadania da Língua. Não gere sequer orçamento, tem disponível para programação um valor que depende sempre da apreciação prévia da Câmara Municipal e do vereador da Cultura”, sustentou, admitindo ainda que aquele espaço “não está em pleno funcionamento” por não ter recursos humanos suficientes.
Para o vereador socialista José Dias, nos meses que a Casa da Língua leva de funcionamento “a atividade é escassa e quando existente é marginalizada em termos de comunicação ao público”.
“Apesar de financiada, não se conhece a estrutura operacional que corporiza uma eventual programação cultural”, indicou.
O vereador do PS mostrou-se ainda preocupado com a “permanente ausência física da Associação que recebeu este importante edificado, sendo, assim, compreensível que a atividade também não seja a desejada e a apregoada”.
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