Coimbra
Câmara de Coimbra vende imóvel em hasta pública
A Câmara de Coimbra alienou hoje um terreno na zona da Solum por cerca de um milhão de euros, numa hasta pública em que quatro dos sete lotes de imóveis municipais não receberam qualquer proposta.
O imóvel mais valioso, de um conjunto de sete lotes avaliados em 2,5 milhões de euros, foi hoje arrematado, numa hasta pública promovida pela Câmara de Coimbra para alienar terrenos municipais que estavam sem uso.
O lote, com 405 metros quadrados e situado na zona da Solum, na freguesia de Santo António dos Olivais, foi comprado pela empresa Estrela Beirã – Gestão de Imóveis, pelo valor base (um milhão e 92 mil euros), já que não foram apresentadas mais licitações.
Numa sessão que decorreu no salão nobre da Câmara de Coimbra, onde estavam presentes pouco menos de 20 pessoas, foi ainda arrematado um terreno de 100 metros quadrados em Santo António dos Olivais, por 159 mil euros, o valor base, e um outro na mesma freguesia, de 376 metros quadrados, por 38 mil euros (contou com três licitações, num preço base inicial de 18 mil euros).
Os outros quatro lotes (um deles incluía quatro terrenos agregados) não receberam qualquer proposta.
Questionado pela agência Lusa, o vereador com a pasta da economia e finanças, Miguel Fonseca, afirmou que deverá ser feita nova hasta pública, incluindo os quatro lotes que ficaram desertos, com o mesmo valor base.
O responsável referiu que essa hasta pública poderá decorrer ainda no presente ano, possivelmente incluindo outros terrenos municipais, que já estão identificados, mas que careciam de alguns esclarecimentos por parte dos serviços municipais.
A Câmara de Coimbra decidiu avançar com esta hasta pública para encaixar receitas extraordinárias e desonerar o município de encargos com a manutenção daqueles terrenos.
A decisão do executivo, liderado pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS/Nós/Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR e Volt), mereceu as críticas do PS, que acusou o município de incoerência, por alienar imóveis em zonas nobres da cidade e adquirir terrenos fora da cidade para construção de habitação social em massa.
Quando a medida foi discutida em reunião do executivo camarário, a vereadora do PS Regina Bento considerou o processo “irrefletido, desnecessário e inoportuno, configurando gestão danosa do património municipal e comprometendo as gerações futuras”.
O presidente da Câmara, José Manuel Silva, vincou que “a principal evidência de que os terrenos não têm sido úteis para a Câmara é o facto de estarem abandonados há anos”, recordando que o anterior executivo, liderado pelo PS, “nada fez” com aqueles imóveis.
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