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Coimbra espera abrir ao público banhos judaicos ainda este ano
A Câmara de Coimbra espera abrir ao público os banhos de purificação judaicos ainda este ano, tendo já contratado uma empresa para realizar o projeto de musealização daquele espaço, afirmou hoje o município.
“Os serviços municipais estão a trabalhar afincadamente para que a abertura do ‘Mikveh’ [banhos judaicos] possa ocorrer ainda durante o ano de 2024”, disse fonte oficial da Câmara de Coimbra, em resposta escrita a perguntas da agência Lusa.
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No início do mês, o município contratou a empresa Byar para assegurar os serviços de ‘design’, conceção e produção do projeto de musealização dos banhos de purificação judaicos de Coimbra, num procedimento com recurso a consulta prévia e que terá um custo de cerca de 60 mil euros e um período de execução de quase cinco meses.
A empresa contratada tem experiência prévia em musealização, nomeadamente com recurso ao audiovisual e tecnologia, tendo trabalhado em projetos como os Banhos Islâmicos de Loulé, o Museu do Côa, Museu de Arqueologia de Elvas ou o Mercado de Escravos de Lagos.
Segundo fonte oficial da Câmara de Coimbra, a aquisição dos serviços à Byar, “comparticipada pelo programa ProMuseus’23, vai permitir adicionar informação e tecnologia fundamentais para a interpretação e para a acessibilidade desta importante estrutura”.
Para além desta contratação, ainda será necessário “assegurar a intervenção ao nível da limpeza, de conservação e de restauro” dos banhos judaicos para garantir a sua abertura ao público, estando esse procedimento interno “em curso”.
Os banhos judaicos serão geridos pela Divisão de Museologia da Câmara de Coimbra, contando com a colaboração da Divisão de Turismo para “estruturação e difusão do novo produto turístico da cidade”.
Questionada pela Lusa sobre outros investimentos para dar visibilidade à presença judaica na cidade, o município salientou que há um “significativo património”, nomeadamente “as circunscrições dos bairros judaicos e o edifício da Inquisição de Coimbra, único no país”, estando previsto “novos investimentos neste conjunto patrimonial”, mas que a sua divulgação é ainda “prematura”.
O ‘Mikveh’, situado na rua Visconde da Luz, na Baixa, foi encontrado e identificado em novembro de 2013, numa cave de um edifício adquirido pela Câmara em 2021, sendo um complexo composto por antessala, sala de tanque e sala de mina, inserido numa gruta calcária.
O complexo foi alvo de trabalhos arqueológicos para diagnóstico do ‘Mikveh mas também do restante imóvel, que se localiza na área da Judiaria Velha de Coimbra.
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