Justiça

Detidos do caso Chimarrão libertados! MP assume falta de tempo para analisar provas

Notícias de Coimbra | 6 meses atrás em 09-06-2024

Os três detidos no caso de burla informática no grupo Chimarrão saíram hoje em liberdade do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), após o Ministério Público (MP) admitir que precisa de “mais tempo para analisar provas”, adiantou fonte judicial.

Segundo referiu a mesma fonte à Lusa, o MP considerou que era necessário uma análise mais aprofundada da prova recolhida contra os três suspeitos detidos na quarta-feira e que foram presentes a juiz para primeiro interrogatório, optando por não promover as medidas de coação.

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Perante esta situação, o juiz de instrução Nuno Dias Costa decidiu libertar os três suspeitos, podendo, “porventura, se necessário, notificar os arguidos mais tarde” para prestar declarações nesta investigação de cibercrime e criminalidade económico-financeira que terá resultado na apropriação de cerca de 40 milhões de euros dos fundadores do grupo de restauração.

A informação da libertação dos três detidos pela Polícia Judiciária (PJ) na operação denominada “Assinatura d’Ouro” foi avançada hoje de tarde pela CNN Portugal.

A operação da PJ desencadeou buscas em Lisboa, Coimbra e Porto, cumprindo 25 mandados de buscas domiciliárias e não domiciliárias, com cerca de 150 operacionais da PJ envolvidos, mobilizando várias unidades desta polícia, nomeadamente a de perícia financeira e contabilística e a de perícia informática.

Aos três detidos juntou-se posteriormente um quarto, todos portugueses, com idades entre os 25 e 45 anos. São considerados suspeitos dos crimes de acesso ilegítimo e sabotagem informática, burla informática, falsificação de documentos e branqueamento de capitais.

A PJ explicou que os suspeitos se aproveitaram da “situação de vulnerabilidade das vítimas”, assumindo gradualmente o controlo das empresas do grupo e desviando “património avaliado em dezenas de milhões de euros”.

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A operação decorreu no âmbito de um inquérito em curso no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e possibilitou a recolha de provas documentais e digitais, bem como a apreensão de imóveis, veículos de luxo, contas bancárias e participações em sociedades.

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