Política
Livre diz na AAC que quer maior participação dos jovens na União Europeia
O cabeça de lista do Livre às eleições europeias tirou a manhã do quarto dia de campanha para ouvir estudantes do ensino superior e quer que os jovens tenham também uma maior participação no Parlamento Europeu.
“Se olharmos para o Parlamento Europeu, a média de idades está perto dos 50 anos, que não é representativo”, sublinhou Francisco Paupério, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com representantes da Associação Académica de Coimbra (AAC).
O cabeça de lista do Livre às eleições europeias de 09 de junho é um dos candidatos portugueses mais novos e quer ver mais jovens nas instituições europeias e no Parlamento Europeu.
A proposta da AAC, que consta da moção estratégica para as eleições europeias, apresentada hoje ao Livre, prevê a criação de um Comité de Juventude Europeu.
Francisco Paupério admite que a implementação não será fácil, mas explicou que também o Livre tem uma proposta para melhorar a representação dos jovens na União Europeia, através da introdução de quotas.
Por outro lado, estudantes e Livre concordaram também na necessidade de uma resposta europeia ao problema da habitação e da falta de alojamento estudantil e enquanto a AAC defendeu um programa europeu de alojamento universitário, Francisco Paupério explicou que o reforço do investimento na reabilitação de casas servirá igualmente os estudantes.
“Já temos feito esse trabalho em Portugal e queremos expandir para o parlamento europeu”, afirmou o candidato.
Durante a reunião com os representantes dos estudantes de Coimbra, falou-se também sobre a criação de uma rede europeia de apoio psicológico, do estatuto europeu de estudante do ensino superior e do financiamento para a ciência e ensino.
“A nível europeu, podemos aumentar o financiamento para a ciência, o financiamento para a educação e ensino superior. É uma dotação ainda pobre para o orçamento europeu e consideramos que poderá beneficiar bastante com esta padronização do ensino superior”, defendeu.
Pelos estudantes, o presidente da AAC insistiu na participação dos jovens no espaço político.
“Em matéria de saúde mental e de habitação, por exemplo, precisamos de ser chamados à discussão e se queremos ter este sentimento de pertença à Europa, temos de ser chamados para discutir estes problemas”, defendeu Renato Daniel.
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