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Alerta Saúde: Primeiro-ministro diz que “há muita coisa que só se resolve com tempo”

Notícias de Coimbra | 6 meses atrás em 29-05-2024

O primeiro—ministro afirmou hoje que, com o plano de emergência e transformação para a saúde, não pretende “vender a ilusão” que as dificuldades se vão resolver rapidamente, alegando que o setor enfrenta problemas “profundos e estruturais”.

“Não temos nenhuma pretensão de vender a ilusão que amanhã, nas próximas semanas, nos próximos meses, todos os problemas, que são muitos, profundos e estruturais no Serviço Nacional de Saúde (SNS), vão ser resolvidos”, afirmou Luís Montenegro na apresentação das medidas hoje aprovadas em Conselho de Ministros.

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Segundo referiu, “há muita coisa que só se resolve com tempo” e na sequência dos resultados que o Governo pretende atingir com o programa de emergência e transformação do setor saúde composto por cinco eixos estratégicos, 16 programas transversais e mais de 50 medidas.

Em conferência de imprensa, o chefe do executivo salientou que, se algumas medidas precisam de tempo para serem implementadas, outras “vão ter uma resposta urgente e imediata”, algumas das quais já em execução, antes mesmo da aprovação dessa nova estratégia para a política de saúde em Portugal.

“Sei que muitos utilizam o SNS como uma bandeira política, nós utilizamos o SNS como um instrumento para dar resposta às necessidades dos cidadãos”, referiu Luís Montenegro, reafirmando que os serviços públicos de saúde são a “base do sistema de saúde” em Portugal.

De acordo com o primeiro-ministro, as medidas do programa dividem-se em três grandes dimensões: as mais urgentes, as que correspondem às prioridades de ação nos próximos meses e anos e as que são “verdadeiras transformações estruturais” para um melhor desempenho de todo o sistema de saúde a longo prazo.

Quanto aos eixos do plano, adiantou que o primeiro pretende dar uma “resposta a tempo e horas”, através do combate às listas de espera que excedem a resposta máxima garantida, dando prioridade à oncologia.

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O segundo eixo prevê a prioridade à ginecologia e obstetrícia, com o objetivo de dar “tranquilidade” às famílias e mães, disse Luís Montenegro, que garantiu não se conformar com circunstância de “muitas mães não saberem a que unidade de saúde devem dirigir-se quando têm um problema”.

Os cuidados urgentes e emergentes constituem o terceiro eixo, prevendo a requalificação dos serviços de urgência, uma melhor gestão da sua capacidade e maior celeridade no atendimento aos utentes do SNS, referiu o primeiro-ministro.

No quarto eixo está a “saúde próxima e familiar”, anunciou o primeiro-ministro, para quem um dos “grandes problemas do SNS” é a falta de resposta da medicina geral e familiar, com “mais de 1,7 milhões de portugueses” sem médico de família.

“Mais do que, nesta primeira fase, ter um médico de família atribuído – que procuraremos dar a todos os cidadãos – o que nós queremos mesmo é que ninguém deixe de ser atendido por um profissional de medicina familiar na altura em que procura ter essa resposta”, realçou Montenegro.

O quinto eixo é relativo à saúde mental, através da contratação de mais psicólogos e de “mais oferta de cuidados” disponibilizada nesta área, referiu o primeiro-ministro.

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