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Orquestra Clássica do Centro destaca direitos humanos na programação de 2024
A programação de 2024 da Orquestra Clássica do Centro (OCC), em Coimbra, tem como tema de referência os direitos humanos, revelou hoje a associação.
“No meio de todos estes conflitos, destruições, problemáticas das guerras, da forma de nos relacionarmos menos correta, esperamos que algum consenso e alguma coisa boa se faça e que, no fundo, a vida e o respeito de uns pelos outros possa ser aquilo que se afirme por e perante todos”, afirmou Emília Cabral Martins, presidente da direção da Orquestra, hoje, durante a conferência de apresentação da programação da OCC para este ano.
A Orquestra tem a decorrer, desde 2023 e até 2026, o programa “A Terra em IV Andamentos”, que em 2023 se debruçou sobre o “Direito dos Seres Vivos vs Morte” e agora, em 2024, se foca na “Desconstrução”.
A temática “procura refletir sobre o que não somos e não seremos sem os outros [seres vivos] e sobre o respeito pelos direitos e o cumprimento dos deveres num planeta que só sobrevive e só nos deixa sobreviver se soubermos conviver e formos capazes de traçar e tecer o equilíbrio”, sustenta a presidente da OCC.
Além disso, as atividades de 2024 assinalam os 50 anos do 25 de Abril, os 80 anos do “Dia D” (desembarque dos Aliados na Normandia), os 500 anos do nascimento de Luís de Camões e o centenário de Joly Braga Santos, estando prevista a realização de diversas atividades, como concertos, exposições e apresentações de livros.
Emília Cabral Martins deu ainda destaque à colaboração entre a OCC e os tribunais superiores, abordando o lançamento do livro “Justiça, Música e Cultura pelos Direitos Fundamentais”, que inclui uma ‘pendrive’ intitulada “Em Memória do Futuro”, já disponível no Spotify.
A OCC realiza também o ciclo “Concertos da Justiça”, que “levam a orquestra a todo o país”, e do qual faz parte o espetáculo que celebra o 90.º aniversário do Palácio da Justiça de Coimbra (a decorrer em junho).
A presidente da direção da Orquestra Clássica do Centro abordou ainda outras atividades do programa da associação, nomeadamente um trabalho realizado na área da investigação (em colaboração com a Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical da Universidade Nova de Lisboa), o projeto “Desconstrução” (com “jovens que vivem em casas de acolhimento”) e o retorno do trabalho em conjunto com a banda Os 5ª Punkada (com data a anunciar).
O maestro titular da OCC, Sergio Alapont, enalteceu a capacidade da Orquestra de chegar a espaços e públicos tão diferentes, colaborando “com um número impensável de instituições”, tanto nacionais como internacionais.
Por sua vez, o presidente da União de Freguesias de Coimbra (UFC), João Francisco Campos, afirmou que a Junta “desde sempre” tem tido “este trabalho e este cuidado com a cultura”.
“Este ano, queremos trabalhar muito com a Orquestra Clássica do Centro e continuar esta ligação”, acrescentou.
Reflexo desse trabalho conjunto é a exposição “Encontros com a Vida e Obra de Salgueiro Maia”, inserida nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, que será inaugurada no dia 08 de junho, no Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, exemplificou João Francisco Campos.
Emília Cabral Martins destacou que na inauguração da exposição estarão presentes figuras como Natércia Salgueiro Maia, José Freitas Simões, António Melo de Carvalho e Afonso Pedroso.
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