Política

Marta Temido é contra fecho de fronteiras para resolver problema das migrações

Notícias de Coimbra | 6 meses atrás em 19-05-2024

A cabeça de lista do PS às europeias afirmou hoje que não defende a construção de infraestruturas para fechar as fronteiras da União Europeia como solução para os problemas das migrações, “mas há quem o faça”.

“Temos que ser claros e sérios naquilo que propomos. Não somos nós que dizemos que a construção de infraestruturas para fechar as fronteiras da UE são a solução para o problema das migrações. Mas há quem o diga. Há quem diga que a única diferença entre a AD e o PPE é que uns entendem que essas fronteiras devem ser construídas com dinheiro europeu e outros não”, afirmou Marta Temido.

A ex-ministra da saúde falava em Castelo de Vide, no distrito de Portalegre, onde se deslocou para a apresentação do Manifesto da Juventude Socialista para as Eleições Europeias.

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“Todos querem lá por as fronteiras, todos querem lá por os muros, todos querem lá por as portas. Nós também não temos das migrações uma ideia irrealista. Nós temos é um compromisso prático, pragmático, com aquilo que é uma visão humanista das migrações” sintetizou.

Marta Temido entende que há lugar e necessidade de Portugal ser um país de acolhimento, mas defende que deve ser feito “com qualidade e com acesso a tudo aquilo que são os direitos que existem ao nível do nosso Estado social”.

A socialista defendeu ainda que aquilo que o PS defende e diz “é muito claro para responder a outro problema, a habitação” e, para o fazer, “é preciso verbas, é preciso dinheiro”.

“As casas não se constroem apenas com respostas proclamatórias e com a inscrição do direito à habitação na carta dos direitos fundamentais. Claro que isso é relevante. Não deixamos de achar curioso que a AD e o PPE há algum tempo atrás não tenha ido nesse sentido, quando esta discussão foi tida no Parlamento Europeu”.

A cabeça de lista do PS entende que são precisas respostas concretas para o problema da habitação.

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“Demos respostas concretas em termos de PPR [Plano de Recuperação e Resiliência], mas o PPR acaba em 2026. A pergunta que gostaria de deixar é: Qual é a solução concreta que a AD tem para a necessidade de construir mais casas, mais habitação publica”, questiona.

Marta Temido sublinha que o único partido, a única força política que tem uma resposta concreta para este problema é o PS.

“A nossa família política é a única que tem uma resposta concreta para habitação acessível em termos europeus. Portanto, por um lado proclamações, do outro soluções”, concluiu.

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