Coimbra

BE questiona Governo sobre alegadas agressões a ativistas pró-Palestina em Coimbra

Notícias de Coimbra com Lusa | 7 meses atrás em 19-05-2024

O BE pediu hoje esclarecimentos ao Ministério da Administração Interna sobre a denúncia feita pelo coletivo Coimbra pela Palestina, que acusou um grupo de turistas russos residentes em Israel de ter agredido ativistas que se manifestavam na cidade.

Na pergunta, os bloquistas questionam o ministério tutelado por Margarida Blasco se teve conhecimento desta situação, que medidas foram adotadas para “garantir a notificação dos suspeitos”, se “os suspeitos prestaram declarações no processo ou foram notificados para tal” ou se foi tomada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.

Na exposição de motivos, o grupo parlamentar do BE alerta que “o racismo mata e agride todos os dias, como, de resto se vem a verificar em Portugal com os ataques violentos a imigrantes”.

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“A normalização do discurso xenófobo e a proliferação de grupos violentos de extrema-direita contribuem para este fenómeno. Para além de serem necessárias políticas de prevenção, é fundamental que a resposta por parte das autoridades seja adequada, rápida e que transmita segurança à comunidade de que os autores deste tipo de crimes são efetivamente levados à Justiça”, defendem no texto.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o coletivo, que desde 03 de maio se tem manifestado no Largo D. Dinis, com mensagens de solidariedade e símbolos palestinianos, afirma ter sido alvo de “ameaças de morte, pontapés e discurso de ódio”.

Segundo o relatado, os turistas, cerca de 30, entre os 60 e os 70 anos e acompanhados de um guia, passaram pela iniciativa a que chamam “Assentada” e, depois de se aproximarem e terem cuspido nos materiais pró-Palestina, terão rasgado uma das bandeiras e começado a pontapear e a ameaçar de morte quem participava na manifestação.

Na mesma nota, o grupo Coimbra Palestina acrescentou que os turistas “intimidaram violentamente uma das ativistas, que é uma mulher, menor e racializada”, chamando-lhe fascista, macaca e recomendando-lhe que “voltasse para África”.

A polícia foi chamada ao local e o coletivo garante que pelo menos quatro agressores foram identificados.

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