Portugal
Uma em cada três mulheres já sentiram discriminação de género no local de trabalho
Mais de um terço dos trabalhadores mais jovem do setor da saúde afirma já ter presenciado discriminação de género no local de trabalho, conclui um estudo do Movimento LIFE – Liderança no Feminino na Saúde.
A análise feita pela GFK/Metris, e que é hoje apresentada em Lisboa, foi realizada no final do ano passado e teve por base 500 questionários feitos a mulheres e homens até aos 45 anos que trabalham na área da saúde, respeitando a proporção de género dos profissionais deste setor.
De acordo com os dados apresentados, 35% das mulheres diz já ter sentido discriminação no local de trabalho em comparação com 27% dos homens. Acesso ao emprego, acesso à liderança e progressão na carreira são os casos mais citados. Ao mesmo tempo, conclui-se que há mais homens do que mulheres a querer assumir um cargo de liderança, apesar de 75% da força de trabalho na saúde serem mulheres.
Apesar de ser factual a falta de paridade nas lideranças na saúde, este não é dos piores setores em termos de igualdade, segundo a visão dos inquiridos. É na liderança, na política e no setor empresarial que há menor igualdade de género.
Ainda sobre os cargos de liderança, só 28% das mulheres assumem que gostariam de exercer um cargo de chefia, em comparação com 38% dos homens.
No geral, a maioria dos inquiridos entende que continua a haver preconceitos relacionados com o papel da mulher na família e no trabalho e defendem por isso a importância da igualdade de oportunidades.
O estudo tentou também perceber quais as caraterísticas que a geração mais jovem da saúde valoriza num líder e de que forma o género impacta a percepção sobre as caraterísticas da liderança. A empatia, o foco nas pessoas e a resolução de conflitos surgem como as caraterísticas mais evidenciadas, independentemente do género.
O Movimento LIFE – Liderança no Feminino na Saúde, defende a mudança de comportamentos e de ações para aumentar a paridade na liderança do setor da saúde. Trata-se de uma iniciativa conjunta de Faces de Eva – Estudos sobre a Mulher/CICS.NOVA (NOVA FCSH) e da Roche a que se juntam cerca de 30 embaixadora
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