Portugal
Primeiro-ministro quer dar “boa sequência” às negociações com polícias mas há “cenários irrealistas”
Imagem: Facebook
O primeiro-ministro assegurou hoje que o Governo quer dar “boa sequência” às negociações com as forças de segurança, mas avisou contra “cenários irrealistas” e frisou que qualquer mudança terá reflexos em toda a administração pública.
Luís Montenegro falava na cerimónia de tomada de posse do Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), o superintendente Luís Carrilho, que decorreu no Ministério da Administração Interna, em Lisboa.
“É evidente que para termos capacidade de recrutar mais pessoas para a carreira policial, para reter mais pessoa na carreira policial temos de dar atratividade à carreira, temos de a valorizar, num contexto difícil onde infelizmente temos esse problema de forma transversal em toda a administração pública”, disse.
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Segundo Montenegro, “são centenas de milhares de prestadores de serviço público, em varias áreas, que se encontram na mesma circunstância”.
“Qualquer alteração provoca uma mexida muito substancial nas nossas contas e na nossa gestão orçamental”, avisou.
O primeiro-ministro disse não querer “diminuir a vontade” ou “a pré-disposição do Governo” de valorizar as carreiras de forças de segurança, mas deixou um aviso.
“Não vale a pena alimentar a opinião pública com cenários irrealistas, isso é indutor de uma relação de desconfiança quando dizemos à sociedade que podemos uma coisa que não podemos ter. Vamos, no momento seguinte, frustrar a sociedade”, disse.
Apesar dos alertas, o primeiro-ministro reiterou a “intenção muito firme de, a breve prazo” dar “boa sequencia às negociações que foram encetadas com sentido de responsabilidade”, elogiando a forma “empenhadíssima” como a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, tem conduzido o processo e pedindo, de forma implícita, a mesma atitude do outro lado da mesa negocial.
“Nós no Governo somos governo a todo o tempo e os agentes de segurança também, estejam em funções na rua, em funções associativas ou sindicais à mesa da negociações”, afirmou, acrescentando que “este não é o tempo de entrevistas, de recados através da comunicação social”, mas do trabalho de casa.
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