Coimbra
Jantar da ADFP marcado por elogios a Jaime Ramos
O Salão de Festas da Fundação ADFP encheu-se de gente para o almoço de Natal, em que os convidados a discursar, entre os quais o Presidente da Câmara Municipal, Miguel Baptista, elogiaram e reconheceram unanimemente a obra realizada sob o comando do seu líder, Jaime Ramos.
O primeiro a fazê-lo foi Nuno Filipe, presidente do Conselho Fiscal:“Mais um Natal que se aproxima e mais um aniversário da Fundação ADFP. Esta é mais uma festa de Natal mas não é um ato de rotina”, afirmou.
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“A verdade é que aqui não há lugar para a rotina, todos os dias se fazem coisas novas que se refletem nestes dias de festa. A dinâmica desta instituição leva à inovação e a novos projetos todos os anos”, acrescentou.
Daí o elogio ao principal fundador da ADFP, Jaime Ramos, “merecedor aqui de destaque, pois ele além de Presidente do Conselho de Administração tem concebido os projetos e foi sempre o motor desta realidade, desta obra tão importante no concelho de Miranda do Corvo, no Distrito, e não só, pois ela tem uma dimensão nacional”.
Nuno Filipe deu a todos os parabéns e especificou:“Admiramos a perseverança, a dedicação, já que não é usual nos dias que correm, neste capitalismo selvagem, erguer-se uma obra desta dimensão, onde não se pratica a esmola mas antes o apoio, onde se desenvolvem todos os esforços no sentido de devolver ou preservar a dignidade das pessoas: isto é que é a solidariedade que se enquadra na economia e na ação social”.
“Dou um grande abraço às pessoas que estão connosco, a esta grande família, e aproveito também para saudar o grupo de refugiados que está aqui connosco. Perante eles deveremos ter em conta o princípio: “Fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem a nós”, concluiu.
Logo a seguir foi o Padre Daniel Mateus, a elogiar Jaime Ramos e todos os seus colaboradores, “que fizeram um bom trabalho”.
A propósito da união entre todos, Padre Daniel Mateus citou um conto judaico: “Um rabino, antes de morrer, quis saber o que era o céu e o inferno. Pediu a Deus que lhe deu como cicerone o profeta Elias. Este levou-o para uma grande sala, na qual havia uma grande panela de boa comida, mas as pessoas que lá estavam não conseguiam comer, porque todas as colheres eram muito grandes e por isso estavam todas tristes e desconsoladas, macambúzias. O rabino disse: é melhor eu ir-me embora que isto é o inferno. Elias levou-o ao céu, onde havia uma sala grande igual, comida igual e as pessoas estavam mais contentes e alegres. Porquê? Porque no paraíso davam todo o comer na boca uns dos outros. No inferno imperava o egoísmo, no céu a solidariedade. Esta reflexão ajuda uns e outros”
Já Fernando Araújo, o presidente da Junta de Freguesia de Miranda do Corvo, após agradecer aos convidados presentes e a todos saudar, referiu “o orgulho e satisfação, por ter acompanhado desde o início a evolução da Fundação, desde o 1º centro de dia”: .”Hoje já não é um barco mas um porta-aviões cujo comandante é o Dr. Jaime Ramos, que o conseguiu levar a bom rumo. Desde sempre podem contar comigo e com a Junta de Freguesia. Por tudo o que tem feito Miranda precisava de muitos Jaime Ramos, a quem devemos muito, desejando um 2016 com muitas obras e mais empregos”.
Jaime Ramos falou das recentes realizações da Fundação em 2015, a começar pela Residência Respeito, para pessoas com deficiência, do Hotel Parque, do Centro de Refugiados Paz em Penela, do GIP, gabinete que apoia as pessoas com necessidades especiais, do Prémio Manuel António da Mota de inovação social com o projeto Mentes Brilhantes, 1º prémio nacional.
Recordou o trabalho com refugiados onde a ADFP foi uma das três instituições a receber com o Centro Português de Refugiados e os Jesuítas.
“A 3ª instituição somos nós, com o Centro Paz em Penela, e pela primeira vez fora da grande Lisboa o que mostra que podemos estar em Miranda atentos ao que se passa no mundo. Recordou, no que se refere a novas realizações, as obras no prédio da urbanização Mirandinveste, 8 apartamentos, para residências sociais, o Museu do Mel e do Templo Ecuménico em construção que, disse, “vai valorizar ainda mais o concelho”. “Temos de investir em Vila Nova, onde por razões políticas fomos banidos, porque é a única freguesia do concelho onde ainda não fizemos obra ”, considerou Jaime Ramos.
“Mas há ainda dois outros grandes projetos que consideramos importantes lançar em 2016: construir o Hospital em Miranda e o segundo com a Câmara de Coimbra, o Centro Social Polivalente do Ingote”, acrescentou.
Terminou a desafiar os colaboradores para serem criativos e sugerirem novas ideias que desafiem a instituição na sua capacidade de concretização de projetos inovadores, sustentáveis e socialmente desejáveis.
Para 2016 a Fundação irá avaliar a possibilidade de intervir na problemática dos sem-abrigo, sempre numa lógica de inovação, não fazendo só o que outros já fazem. Os sem-abrigo são pessoas a quem a exclusão social retira a dignidade. Temos o dever moral de lhes proporcionar uma vida mais digna e com condições melhores. As ideias mais importantes são as que conseguem transformar a realidade e mudar as mentalidades. Na ADFP temos de assumir a vocação de preservar os valores civilizacionais essenciais na cristandade , assumindo a vontade de colaborar na transformação da sociedade e melhorar os comportamentos das pessoas” concluiu o presidente do Conselho de Administração da Fundação ADFP.
Miguel Baptista, presidente da Câmara Municipal, foi o último a tomar a palavra. Depois de felicitar Jaime Ramos e toda a família da Fundação ADFP, com grande apreço, e agradecer o convite para estar presente, afirmou que “é com todo o gosto a Câmara Municipal estará presente sempre que possa em relação a todas as instituições”.
“O trabalho da Fundação é sustentado, progressivo, tem mais alguns projetos, como o Hotel, uma mais-valia para Miranda do Corvo, o Templo Ecuménico, um equipamento que vai trazer uma nova atenção para o concelho, e o projeto Mentes Brilhantes qual cereja em cima do bolo, que reconhecemos com um voto de louvor à Fundação e equipa do projeto”, disse.
“A Câmara Municipal continua a apoiar as realizações do concelho na medida do possível, como aconteceu com o Hospital, está disponível e tem vontade. A Fundação, Câmara Municipal e empresas devem unir-se no que é melhor para Miranda”, concluiu.
Eugénio Lemos/ADFP
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