Saúde
“As pessoas com deficiência devem ser consideradas em todas as esferas da vida em sociedade”. Domingo há manifestação
Pessoas com deficiência vão sair à rua no domingo para tornar visível a sua realidade e lutar por direitos, na sétima edição da Marcha pela Vida Independente, informou a organização.
Segundo um comunicado do coletivo Vida Independente em Marcha (VIM) vão decorrer diversas concentrações com a participação de movimentos sociais, como o SOS Racismo, ILGA Portugal, Rede 8M, Plataforma Feminista, Rede Ex Aequo, entre outros.
O Coletivo Vida Independente em Marcha integra cerca de 250 pessoas com deficiência e considera que o apoio dos movimentos “é fundamental para alcançar uma sociedade digna, livre e autodeterminada”.
Para o VIM, o fim de “medidas assistencialistas e institucionalizadoras justificadas pela alegada insuficiência orçamental” é uma das principais reivindicações.
Outra questão é a passagem do serviço de assistência pessoal para uma lei definitiva, pois até agora é apenas um projeto-piloto lançado pelo Governo.
A dirigente Catarina Vitorino disse à Lusa que a assistência pessoal “se mantém um direito por cumprir, estando disponível apenas a uma pequena parte das pessoas com deficiência que precisam”.
Catarina Vitorino disse ainda que a preocupa “a invisibilidade do movimento de pessoas com deficiência, quer no espaço público, quer nos meios de comunicação social, mas também pela ausência de acomodações que permitam [a estas pessoas] participar ativamente na vida em comunidade”.
“É, por isso, fundamental para nós que a luta seja interseccional e com o apoio de todos os movimentos sociais (e.g., feminista, LGBTQIA+, antirracista, pela habitação), como tem acontecido ao longo do processo de construção desta Marcha pela Vida Independente”, referiu.
“As pessoas com deficiência são, acima de tudo, pessoas que devem ser consideradas em todas as esferas da vida em sociedade e em todas as etapas da criação de políticas e processos de tomadas de decisão”, concluiu.
Em Portugal, a Dia Europeu da Vida Independente vai ser assinalado com concentrações e marchas em Lisboa, Porto, Faro, Coimbra, Braga, Guimarães, Vila Real e Açores.
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