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25 de Abril: Universidade de Coimbra expõe 50 capas de jornais angolanos em Luanda

Notícias de Coimbra com Lusa | 8 meses atrás em 12-04-2024

Uma exposição de capas de jornais de Angola publicados entre 1974 e 1975 vai ser inaugurada pela Universidade de Coimbra, em Luanda, na terça-feira, no contexto das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

“Esta exposição é um passo para melhor caracterizar o período do pós-revolução em Angola e Portugal e, assim, compreender o emergir de narrativas e memórias históricas sobre este período”, informou hoje, em comunicado, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

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Com esta iniciativa, intitulada “Olhares do Sul”, o Departamento de Ciências da Vida da FCTUC, em colaboração com a Embaixada de Portugal em Luanda, espera “abrir novos caminhos interpretativos, dialogantes e integradores, nos quais a cidadania, o futuro, a nação e a memória continuarão a ser discutidos”.

“Olhares do Sul” é constituída por 50 capas de seis jornais angolanos dessa época: A Província de Angola, Diário de Luanda, Jornal de Angola, O Angolense, A Tribuna dos Musseques, O Comércio de Angola, publicados no período de 25 de Abril de 1974 a 25 de Abril de 1975.

Os curadores e dinamizadores da exposição, Helena Freitas (Centro de Ecologia Funcional), Jorge Varanda (Centro em Rede de Investigação em Antropologia) e Ana Margarida Dias da Silva (Centro de História da Sociedade e da Cultura), da FCTUC, estarão presentes na inauguração, no Camões – Centro Cultural Português, avenida de Portugal, 50, em Luanda.

Em 1974, na semana a seguir ao 25 de Abril, a representação em Luanda da Companhia de Diamantes de Angola (Diamang) “decidiu reunir e enviar jornais para arquivo junto da administração”, em Lisboa, segundo a nota enviada à agência Lusa.

O objetivo da decisão, “referenciado numa comunicação confidencial com a sede, era informar do modo de sentir e interpretar da imprensa de Angola no relativo aos acontecimentos correlacionados com a ação das Forças Armadas que levou ao estabelecimento da Junta de Salvação Nacional”, em Portugal, presidida pelo general António de Spínola.

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Esses jornais fazem parte de “uma coleção mais abrangente de recortes de imprensa”, organizada pela Secção de Relações Públicas da Diamang ao longo de 60 anos, de 1928 a 1988.

“O conjunto destes recortes abre várias janelas sobre o que foi a vivência do momento pós-revolução e permite perceber melhor o impacto e a reação imediata”, na então colónia de Angola, ao derrube da ditadura fascista, em Portugal, protagonizado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA).

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