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Exposição mostra calçado que toda a gente pode usar, mas desenvolvido para pessoas com paralisia cerebral
São 12 protótipos de sapatos, botas e sapatilhas, todos desenhados a pensar nas necessidades das pessoas com paralisia cerebral mas sem esquecer a vertente estética, e que estarão expostos no Centro de Reabilitação da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) até 30 de janeiro do próximo ano.
Na inauguração da exposição ‘Rita.Red.Shoes cerebralpalsy.designproject’, que teve lugar no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro), foi explicado qual o desafio feito aos alunos do Mestrado em Design Industrial e de Produto da Universidade do Porto: «Desenhem sapatos que vocês próprios gostassem de usar». A revelação partiu de Cristina Soutinho, fisioterapeuta da APCC, que sublinhou ainda que o calçado é sempre uma questão muito pertinente para quem lida com a paralisia cerebral.
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A designer Lígia Lopes, coordenadora do projeto, explicou depois que o repto lançado tinha tudo para ter uma resposta à altura. «Existe um estigma relativo ao calçado adaptado, mas o estigma é um problema que os designers podem ajudar a solucionar», afirmou.
Um eventual desenvolvimento futuro dos protótipos agora desenvolvidos para uma fase de produção e comercialização está agora dependente de encontrar um parceiro adequado. Uma das soluções poderá ser a comercialização destes mesmos modelos para o público em geral – dado que foram pensados com esse objetivo – de forma a financiar assim a vertente das pessoas com paralisia cerebral.
Os 12 objetos que são mostrados na exposição ‘Rita.Red.Shoes cerebralpalsy.designproject’ são o resultado do projeto do mesmo nome, desenvolvido por alunos das Faculdades de Engenharia e de Belas Artes da Universidade do Porto, com o apoio da APCC (que prestou assessoria técnica e científica, com o envolvimento de Cristina Soutinho e do ortopedista pediátrico Deolindo Pessoa) e outros parceiros.
O projeto foi desenvolvido por uma equipa multidisciplinar, coordenada por Lígia Lopes (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) em coorientação com o também designer Matt Dexter (Sheffield Hallam University, Reino Unido), tendo a cantora Rita Red Shoes como ‘madrinha’.
A exposição ‘Rita.Red.Shoes cerebralpalsy.designproject’ faz parte do programa das comemorações dos 40 anos da APCC, que integrou também, entre outras iniciativas, o “Coimbra a Brincar”, a celebração do Dia Nacional da Paralisia Cerebral e a Conferência Internacional – Paralisia Cerebral.
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