Política
“Eles acham que ganharam as eleições. É a arrogância da direita e o seu pouco respeito pelos portugueses”
O secretário-geral do PS acusou hoje o presidente do PSD de ter revelado falta de capacidade para liderar uma equipa coesa, mas seja perdoado pelos comentadores, e de se esconder do mau tempo com chuva.
Pedro Nuno Santos fez estes ataques a Luís Montenegro no último comício desta campanha eleitoral, que encheu o Complexo Municipal dos Desportos “Cidade de Almada”, após intervenções da presidente da câmara, Inês de Medeiros, e da cabeça de lista socialista por Setúbal, Ana Catarina Mendes.
“Eles acham que ganharam as eleições. É a arrogância da direita e o seu pouco respeito pelos portugueses”, começou por declarar o líder socialista, antes de fazer alusão ao facto de a Aliança Democrática (AD) ter cancelado hoje a descida do Chiado por causa da chuva, ao contrário do PS.
Pedro Nuno Santos e o primeiro-ministro cessante, António Costa, terminaram a descida do Chiado completamente encharcados pela chuva.
“Nós podíamos ter ido hoje para um recinto fechado, nós sabemos enchê-los, mas nós não temos medo da chuva. Sabemos que sempre que chove a direita se esconde. Chove muitas vezes na vida dos portugueses, não precisamos de partidos ou de líderes políticos que se escondem da chuva, precisamos de homens e mulheres que enfrentam a chuva pelo povo”, sustentou Pedro Nuno o Santos.
Da plateia, os apoiantes começaram a gritar imediatamente: “O PS está na rua faça sol ou faça chuva”.
Já na parte final da sua intervenção, Pedro Nuno Santos voltou a criticar comentadores e alguma comunicação social, acusando-os de complacência com o que se passou na candidatura da AD ao longo da campanha.
De acordo com o secretário-geral do PS, tudo começou com “o discurso xenófobo” de Pedro Passos Coelho, seguiram-se casos sobre negação de alterações climáticas e declarações para criar obstáculos ao aborto.
“É extraordinário. Tivéssemos nós 10% destes casos de falta de coesão e nós éramos arrasados, eu era arrasado, mas foram capazes de perdoar tudo, como se o líder [Luís Montenegro] não tivesse de garantir harmonia e coesão na sua equipa de candidatos”, apontou.
Depois, desafiou todos a olharem para a atuação do PS ao longo da campanha: “Onde nós desafinámos?”, questionou.
E o líder socialista concluiu: “Quem não garante coesão e harmonia nas suas equipas como pode garantir coesão e harmonia no Governo da República? A nós não perdoam nada e à AD perdoam tudo. Mas não o povo português que lhe vai dar a resposta que eles merecem no domingo”, acrescentou.
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