Política
Carlos Moedas acusa PS de “ter medo da democracia”
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa acusou hoje o PS de “ter medo da democracia” e considerou que, nesta campanha para as legislativas, Luís Montenegro foi “o único adulto na sala”.
No último comício da campanha da Aliança Democrática (AD), no Campo Pequeno (em Lisboa), a intervenção de Moedas foi sendo interrompida pelos apoiantes que gritavam “Vitória, Vitória” ou “Luís amigo, o povo está contigo”.
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Na sua segunda intervenção nesta campanha, o autarca de Lisboa retomou uma ideia que já tinha deixado em Évora de que, nas legislativas antecipadas de domingo, “é a democracia que está em causa” e que “o país não pode voltar ao sistema do partido único”.
“Vejo um PS que só agita papões, que faz campanha com base no medo da mudança democrática, no medo da alternância. Meus amigos, o PS tem medo da democracia, o PS é hoje esse partido que tem medo da alternância democrática”, afirmou, entre apupos quando referia o nome do principal adversário político.
O autarca defendeu que “só a AD pode pôr fim a este PS que se julga dono do país, dono do Estado e dono das pessoas”, e elogiou a postura do presidente do PSD, Luís Montenegro, nas últimas duas semanas.
“Se tivéssemos que definir esta campanha numa só frase, numa só frase era: Luís Montenegro foi o adulto na sala desta campanha”, afirmou, elogiando a postura, a moderação e a serenidade do líder social-democrata.
Moedas dirigiu-se sobretudo aos indecisos, com o argumento de que também está em jogo nestas eleições a governabilidade do país.
“São anos e anos de incompetência do PS, anos e anos em que o PS não é útil às pessoas, deixou de ser útil às pessoas para ser útil para si próprio”, disse, acrescentando que o Governo prometeu “um mar de rosas” e deu “o cabo das tormentas” aos portugueses.
O presidente da Câmara de Lisboa deixou um apelo especial aos jovens que “fizeram a diferença” na sua eleição em 2021.
“Eu sei que o PS destruiu a vossa ambição e que muitos não acreditam que é possível mudar e têm medo do futuro e ainda estão lá em casa indecisos. Digo-vos nos olhos. O valor mais importante para a vossa geração é a liberdade”, considerou.
Dando o seu exemplo pessoal, Moedas afirmou que foi a AD original (coligação que juntou, em 1979 como agora, PSD, CDS-PP e PPM) que permitiu “um jovem alentejano de uma família pobre chegar a Lisboa com 18 anos sem conhecer ninguém e singrar na vida pelo mérito”.
“É essa AD que vai voltar, venham connosco, não desperdicem esta oportunidade”, apelou.
O comício, marcado para as 18:00, começou com mais de uma hora de atraso.
Na arena do Campo Pequeno foram dispostas cerca de 670 cadeiras, a que se somam cerca de 2700 lugares nas bancadas, que foram enchendo até perto das 19:00, sem ficarem totalmente ocupados.
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