Política
Santana Lopes lembra que nenhum líder do PSD se demitiu por peripécias no seu gabinete
O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes juntou-se hoje à campanha da AD e acusou António Costa de descaramento pelas críticas que fez a ex-líderes do PSD, referindo que “nenhum se demitiu por peripécias passadas no seu gabinete”.
“Em matéria de descaramento ninguém ganha ao PS. É absolutamente impressionante, porque aparecer a dizer dos antecessores o que o doutor António Costa disse, sinceramente, acho que para além do mais é mesmo muito deselegante”, considerou Pedro Santana Lopes, em declarações à comunicação social, na Figueira da Foz, onde é presidente da Câmara, tendo ao seu lado o líder do PSD, Luís Montenegro.
Em seguida, Pedro Santana Lopes referiu que “nenhum dos antigos líderes do PSD ou do CDS fugiu a dizer que vinha aí o pântano, nem nenhum pediu intervenção externa, nem nenhum se demitiu por peripécias passadas no seu gabinete”, em alusão aos antigos líderes do PS António Guterres e José Sócrates e ao atual Governo chefiado por António Costa.
“Saímos, ganhando ou perdendo, com honra, e isso é o principal”, defendeu.
Em resposta ao discurso que fez António Costa no sábado, num comício do PS no Porto, Pedro Santana Lopes quis ainda acrescentar “só uma graça”.
“Há quem ponha os filhos – eu também tenho filhos e netos – em escolas privadas defendendo a escola pública, e há quem saia de primeiro-ministro e vá fazer pós-graduações em universidades privadas quando são defensores é do ensino público”, assinalou, acrescentando: “Acho que é tudo extraordinário”.
O antigo presidente do PSD, do qual se desfiliou em 2018 para fundar o partido Aliança, do qual entretanto saiu, considerou que “a liderança de Luís Montenegro se afirmou de uma maneira impressionante nesta campanha” para as legislativas de dia 10 “e o resto é conversa”.
Segundo Pedro Santana Lopes, perante a situação do país, “o PS não merece” continuar no Governo.
“O PS tem a mania de dizer quando a luta aquece ninguém segura o PS, ou lá o que é o ditado. Eu diria assim: quando esta realidade acontece, há uma coisa que é incontestável, é que o PS não merece”, rimou.
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